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PCDF desarticula quadrilha que “esquentava” documentos de veículos

São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um de temporária e nove de busca e apreensão

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Nas primeiras horas desta quarta-feira (20/6), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Duplicar com objetivo de desarticular quadrilha especializada em falsificar Certificado de Registro de Veículos (CRV) e o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV). A investigação é conduzida pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri).

São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e nove de busca e apreensão. A ação ocorre no Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e no Entorno do DF, nas regiões do Novo Gama e Luziânia, ambas em Goiás.

Os documentos eram usados para “esquentar” veículos roubados e adulterados. De acordo com a polícia, os criminosos também confeccionavam o licenciamento para dar a aparência de legalidade a carros com o “ágio estourado”.

As investigações duraram cinco meses. De acordo com o delegado-chefe da Corpatri, Marco Aurélio Vergílio, o período de apuração se deve à dificuldade em materializar os crimes. “Eles eram sempre discretos e cautelosos. Já identificamos algumas pessoas que teriam adquirido documentos falsos com os investigados”, disse.

Alvos
De acordo com a polícia, Alexandre Mariano Felício Becker, Hemerson Alves da Silva e Flávio Pereira de Souza eram os responsáveis por falsificar os documentos.

Alexandre Becker, conhecido como “Carioca”, não possui passagens pela polícia do DF. Contudo, desde 2014, era investigado pela Corpatri devido à prática de falsificação de documentos. Hemerson, cujo apelido é “Seu madruga”, já foi preso em flagrante por tentativa de homicídio, porte de arma de fogo e receptação. Ele era responsável por captar clientes para Alexandre.

Flávio Souza foi preso em flagrante duas vezes por associação criminosa e furto qualificado. Ele era o mais atuante no esquema, segundo a PCDF. Os presos responderão pelo crime de falsificação de documento público, cuja pena máxima é de seis anos de reclusão.

Operação Smart
A prisão dos três suspeitos é resultado de operação realizada no segundo semestre de 2017. Policiais da especializada desarticularam uma associação criminosa que atuava na venda de veículos clonados para outros estados, principalmente a Bahia. A ação foi batizada de Operação Smart.

Na ocasião, nove pessoas foram presas. Elas receptavam veículos furtados e roubados, adulteravam os sinais identificadores, adquiriam documentos falsos e encaminhavam os carros para municípios do interior da Bahia onde eram colocados à venda.

À época, a Corpatri recuperou 20 automóveis roubados. No entanto, os policiais continuaram investigando para identificar quem fornecia a documentação para os criminosos.

Veja imagens de alguns veículos recuperados na Operação Smart:

6 imagens
Os carros eram levados para cidades no interior da Bahia
Os criminosos faziam selfies com os carros roubados
Os investigadores conseguiram recuperar os carros que haviam sido roubados
Todos os veículos foram devolvidos às vítimas
Os carros tinham os sinais identificadores adulterados pela quadrilha
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A quadrilha desarticulada pela PCDF era especializada no roubo e clonagem de veículos

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Os carros eram levados para cidades no interior da Bahia

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Os criminosos faziam selfies com os carros roubados

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Os investigadores conseguiram recuperar os carros que haviam sido roubados

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Todos os veículos foram devolvidos às vítimas

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Os carros tinham os sinais identificadores adulterados pela quadrilha

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Selfie nos carros
Vídeos encontrados nos celulares apreendidos pela polícia na primeira operação revelaram como os criminosos negociavam os veículos e os ofereciam aos receptadores. Em uma das imagens, Igor Almeida Fonseca, 27 anos, um dos líderes da quadrilha, mostra os opcionais de um dos carros roubados, como o teto solar e o câmbio automático. O infrator foi preso. O automóvel que aparece na filmagem foi recuperado pelos investigadores.

 

Em outra filmagem, Igor fez uma selfie dentro de um HB20 roubado, que seria entregue a um dos receptadores. Ele comenta que o veículo é automático e está “zero”. Em seguida, o criminoso afirma que pegaria os documentos no Detran. À época, o delegado Marco Aurélio explicou que os autores costumavam “iludir alguns compradores desavisados, dizendo que os carros tinham valor abaixo dos praticados pelo mercado por estarem com ágio estourado ou alienação fiduciária”.

 

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