Grupo fabricava droga em formato diferente e vendia em catálogo na web
Os entorpecentes eram encomendados por pessoas de classes média e alta. Entre os presos está um agente do sistema socioeducativo
atualizado
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Policiais civis do DF fizeram uma operação nesta quinta-feira (15/3) contra o tráfico de drogas no Paranoá. As investigações estão a cargo da 6ª Delegacia de Polícia. Ao todo, 25 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. O alvo foi uma associação criminosa voltada para o tráfico de drogas sintéticas, como LSD, ecstasy e MDMA.
Os entorpecentes eram encomendados por pessoas de classes média e alta, via internet e WhatsApp, e enviados via Correios.
Como diferencial, o grupo fabricava e imprimia as drogas no formato de produtos de marcas famosas de redes sociais, times de futebol, aplicativos e até marcas de cervejas. O catálogo dos produtos era disponibilizado em um perfil falso na internet e via celulares.
Oito pessoas do DF (Valparaíso, Águas Lindas, Brazlândia, São Sebastião e Arniqueiras) estão na mira dos policiais, além de integrantes do grupo que atuavam em São Paulo, Goiás, Tocantins, Rondônia, Bahia, Paraná, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. As diligências começaram em novembro do ano passado.
Confira imagens da operação:
O grupo agia de forma organizada, com divisão de tarefas. Uns cooptavam clientes na internet. Outros conferiam os depósitos. Uma terceira “seção” produzia as drogas sintéticas, que eram distribuídas em todo o país. Um dos alvos já tinha sido preso no Bélgica quando tentava embarcar com ecstasy para o Brasil.
De acordo com o delegado Érico Mendes, chefe da 6ª DP, a investigação começou com a prisão de um advogado, no Paranoá, em outubro do ano passado, que traficava drogas sintéticas. Agora, a polícia quer saber quem fornecia os entorpecentes para a quadrilha.
Até as 10h30, 21 pessoas haviam sido presas. Também foram apreendidos R$ 17,5 mil em espécie na cidade de Samambaia.