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PCC montou casa de apoio no DF com ajuda de advogados, diz PCDF

Imóvel servia de base para guardar drogas, armas e receber os novos faccionados que vinham de outros estados

atualizado

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1 de 1 PCC-840×577 - Foto: Divulgação/Imagem ilustrativa

Investigação da Polícia Civil do DF descobriu a existência de “casa de apoio” mantida por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal. O imóvel era alugado e servia de base para guardar drogas, armas e receber os novos faccionados de outros estados. Durante a megoperação deflagrada nesta terça-feira (07/01/2020), batizada de Guardiã 61, foram apreendidos pistolas taser, livros, anabolizantes, celulares e documentos em endereços vinculados ao grupo (veja vídeo abaixo).

Investigadores da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) identificaram a presença de três advogados do DF na facção. Dois deles foram alvo de mandados de busca e apreensão. Na casa de um advogado, os policiais encontraram documentos chamados de “cara-crachá”, folhas de inscrições contendo informações pessoais dos integrantes do grupo.

 

Os profissionais também realizaram uma série de pesquisa e sondagens de imóveis no Lago Sul, Lago Norte e Jardim Botânico para montar as “casas de apoio”. Segundo o delegado-chefe da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), Leonardo de Castro.

A polícia localizou o contrato de uma casa em Taguatinga e alugada por um advogado. O imóvel ficou ocupado pela facção por quatro meses do ano passado. “A vinda da cúpula para o DF fortaleceu e deixou os faccionados mais organizados em Brasília”, ressaltou o delegado-chefe da Difac, Guilherme Sousa Melo.

Reprodução/PCDF

 

Segundo os investigadores, célula da organização criminosa era composta por ao menos 30 integrantes e atuava praticando crimes como roubos e tráfico de drogas. O grupo se dividia em núcleos específicos de atuação. Uma parte se dedicava às práticas criminosas e outra tentava estabelecer condições para o desenvolvimento e a consolidação do grupo na capital federal, uma vez que a alta cúpula da facção está no Presídio Federal de Brasília.

Ao longo de um ano de investigação, foram identificados integrantes distribuídos estrategicamente em setores de atuação, com o auxílio de advogados, presidiários e egressos do sistema prisional, os quais praticam o tráfico de drogas e armas, roubos e ameaças a autoridades.

A PCDF teve acesso a bilhetes com ameaças a uma magistrada do DF. “Essa ameaça comprova a existência da facção no Distrito Federal e, inclusive, a presença dos chamados ‘gravatas’, advogados responsáveis por transmitir as ordens de dentro para fora dos presídios”, explicitou o delegado-chefe da Difac, Guilherme Sousa Melo.

Com o decorrer das apurações, até mesmo os investigadores entraram na mira dos criminosos. Delegados envolvidos na operação tiveram fotos divulgadas entre os faccionados e receberam ameaças.

Operação

Foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão, além da colocação de tornozeleira eletrônica em um dos alvos, conforme ordens expedidas pela da 5ª Vara Criminal do DF.

A ação tem apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe), do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e conta com a participação de 120 policiais. Os investigados estão sujeitos a penas de 3 a 8 anos por promover, constituir e integrar organização criminosa.

 

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Imagens da operação contra o PCC
A suspensão do SVG em fevereiro foi uma estratégia que os policiais civis adotaram para pressionar o GDF a atender às principais demandas da categoria
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Imagens da operação contra o PCC

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A suspensão do SVG em fevereiro foi uma estratégia que os policiais civis adotaram para pressionar o GDF a atender às principais demandas da categoria

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De acordo com a Difac, divisão da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), a estrutura da organização formava uma intricada rede de atividades criminosas, com a participação de indivíduos radicados em presídios de Presidente Venceslau (SP), Piraquara (PR) e Uberaba (MG). Tais ações seriam impulsionadas pela presença de lideranças do PCC no Presídio Federal de Brasília.

Plano de fuga

Em 20 de dezembro de 2019, o Metrópoles revelou com exclusividade que os integrantes da organização planejam colocar em prática o plano de resgate do líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Condenado a mais de 300 anos de prisão, Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. A unidade chegou a receber reforço de tropas do Exército.

As informações sobre o plano de resgate partiram de São Paulo. O estado é berço da facção criminosa. Marcola foi transferido para a capital federal em março de 2019 sob forte aparato policial.

Há indícios de que o suposto resgate estaria pago e seria feito pelo traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que está solto e atua nas ruas.

De acordo com informações, os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática. O PCC teria reunido um verdadeiro exército de alto nível e com integrantes que possuem conhecimento militar e de armamentos. A facção já teria mapeado os arredores do complexo penitenciário em Brasília com o uso de drones.

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Servidores do Depen vão operar os blindados
Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes
Os blindados serão usados para manter a segurança no perímetro do presídio federal
O presídio mantém encarcerados alguns dos presos mais perigosos do país
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Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília

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Servidores do Depen vão operar os blindados

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Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes

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Os blindados serão usados para manter a segurança no perímetro do presídio federal

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O presídio mantém encarcerados alguns dos presos mais perigosos do país

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Os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática

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Marcola e outros presos foram trazidos em avião da FAB para Brasília em março de 2019

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Comboio para levar Marcola ao Presídio Federal de Brasília em fevereiro de 2019

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Esquema especial de segurança foi montado para receber a liderança do PCC

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Na época, ruas foram fechadas para passagem do comboio

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