Paróquia no Jardim Botânico é assaltada duas vezes em menos de um mês
Os dois crimes foram cometidos pelo mesmo ladrão, que rendeu e trancou uma funcionária da igreja. Na quarta-feira (24/8), ele levou R$ 1,5 mil, valor que seria usado na construção de uma sala para a catequese
atualizado
Compartilhar notícia
Menos de um mês depois de ser assaltada, a Paróquia Santa Clara e São Francisco de Assis, no Jardim Botânico, foi novamente alvo do mesmo ladrão que já havia roubado o local. Dessa vez, dois bandidos entraram de carro no estacionamento do tempo, na tarde de quarta-feira (24/8) e um deles entrou armado na secretaria da igreja e anunciou o assalto. Ele levou R$ 1,5 mil que seriam utilizados na construção de uma sala para catequese das crianças em plena luz do dia.
O primeiro assalto ocorreu no dia 26 de julho, quando imagens do circuito interno de segurança da paróquia mostraram um homem armado render uma funcionária e levar R$ 400 e um celular. O sistema registrou novamente o assaltante. Ele levou a funcionária para o interior da paróquia e a deixou no banheiro enquanto fugia. As imagens mostram a servidora rezando no cômodo.Roubos a igrejas
Pelo menos 25 templos sofreram prejuízos no primeiro semestre deste ano com a ação de criminosos, segundo a Arquidiocese de Brasília – média de quatro casos por mês. Um deles foi atacado 16 vezes em um período de um ano e meio.
O porta-voz da arquidiocese, padre João Firmino, explicou que o número exato de crimes pode ser ainda maior. “Muitas paróquias não chegam a informar a arquidiocese e ficam sem saber a dimensão verdadeira do problema”, disse. Um dos roubos mais graves ocorreu na última semana, na Paróquia Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Santo Cinto, no Riacho Fundo I. O templo, que já foi roubado 16 vezes, contabilizou um prejuízo de R$ 20 mil quando criminosos renderam os funcionários e levaram instrumentos musicais, computadores, cestas básicas e equipamentos de som.
Segundo o Centro de Comunicação Social (CCS) da PM, a maioria dos crimes que ocorrem no interior das igrejas se resume a furtos. Como são casos de menor potencial ofensivo, os ladrões são presos e logo ganham a liberdade após as audiências de custódia. “São crimes de ocasião, que não é possível prevenir apenas com o policiamento. É preciso ajuda da população para evitar deixar bolsas e celulares sobre mesas e cadeiras e depois se afastar. Identificamos que parte desses delitos também está sendo praticada por adolescentes que, mesmo apreendidos, retornam ao local para continuar a furtar”, explicou o capitão Michello Bueno.