OAB pede informações sobre crime organizado nos presídios do DF
Diante da crise nacional, ordem monta grupo para atuar preventivamente no sistema penitenciário local. Entidade quer visitar unidades
atualizado
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Diante da crise no sistema penitenciário nacional, a Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) decidiu agir preventivamente para evitar que os confrontos entre facções e as fugas registradas em outros estados cheguem ao território brasiliense. Segundo o presidente da entidade, Juliano Costa Couto, a questão mais preocupante com superlotação é o Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda.
Além da superlotação, a ordem destaca a grave deficiência de agentes penitenciários e agendará para os próximos dias uma visita ao Complexo da Papuda para averiguar de perto as condições dos advogados, servidores e detentos. De acordo com a entidade, a Papuda e a Penitenciária Feminina somam juntos mais de 15 mil detentos, 50% a mais do que o limite de vagas existentes.
A presidência da OAB-DF enviou ofício ao Governo do Distrito Federal para saber o andamento do concurso a fim de reforçar imediatamente o contingente de agentes penitenciários nas unidades prisionais.
A Secretaria de Segurança Pública também foi cobrada para que sejam intensificadas as investigações sobre o crime organizado, dentro e fora dos presídios do Distrito Federal. Já a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) foi alertada para intensificar as inspeções internas em todas as unidades prisionais.
Juliano Costa Couto fez, ainda, contato com o defensor público geral, Ricardo Batista, que garantiu que a disponibilidade para fazer um mutirão com o objetivo de analisar a situação dos presos provisórios.