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Pastor e músico acusado de estupros no DF diz que é inocente

Para a polícia, entretanto, não há dúvidas de que Renato Bandeira tenha violentado pelo menos cinco mulheres em Taguatinga e Águas Claras

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músico evangélico, estupro
1 de 1 músico evangélico, estupro - Foto: Mirelle Pinheiro/Metrópoles

Apresentado pela Polícia Civil como autor de três estupros no Distrito Federal e suspeito de pelo menos outros dois, o pastor e músico evangélico Renato Bandeira dos Santos, 30 anos, prega inocência. De acordo com ele, as provas foram “plantadas” a pedido de um “pastor rival”.

A polícia, por sua vez, não tem dúvidas sobre os crimes imputados a Renato, preso em flagrante por assédio em Belo Horizonte, em 2015. Nesta terça-feira (7/3), o pastor foi transferido para Brasília e ficará na Papuda aguardando julgamento.

Ele foi apresentado nesta quarta (8). A polícia acredita que após a divulgação das imagens de Renato, outras mulheres que tenham sido vítimas do homem possam denunciá-lo. Para isso, basta ligar para o telefone 197.

Segundo o delegado Raimundo Vanderly, da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), o homem, natural do Maranhão, fazia shows de música gospel em diversas cidades, reunindo até 80 mil pessoas.

Para a polícia, ele aproveitava essas passagens para abordar as mulheres. Usando uma faca, as obrigava a entrar no carro dele e as estuprava. O delegado lembra que na época dos supostos crimes o pastor pesava cerca de 130kg, quase o dobro do que atualmente, o que pode atrapalhar no seu reconhecimento.

Renato, por sua vez, garante que “o tempo vai dizer quem estava certo”. Alegando inocência, ele afirmou que está de cabeça erguida para atravessar essa fase da vida. Questionado sobre a sua passagem por Brasília, ele disse que em 2014 fez 412 apresentações pelo Brasil e não se recorda de detalhes.

 

 

De acordo com a Polícia Civil, os estupros teriam ocorrido em 2014 nas regiões de Taguatinga e Águas Claras.

Banco de DNA
Quando o homem foi preso em Minas Gerais, o DNA dele foi colhido e as informações cruzadas com o que havia no banco de dados genéticos da Polícia Civil do DF, o ligando a pelo menos três crimes na capital federal. Graças ao banco, investigadores já prenderam 78 estupradores que violentaram 229 mulheres nos últimos 15 anos no DF.

A autoria de dois outros estupros foi confirmada após investigações policiais. A expectativa da Polícia Civil é que com a apresentação do criminoso, novas mulheres apresentem denúncias nas delegacias da cidade.

Criado em 2000 e contando com o perfil genético de mais de 700 criminosos sexuais, o banco de DNA da Polícia Civil brasiliense é o maior do país e está entre um dos mais completos da América Latina. A ferramenta tem importância especial no contexto dos delitos sexuais, pois a investigação dos casos, quase sempre, conta com poucas provas materiais.

Para chegar aos estupradores, os peritos entram em cena para coletar e analisar todo o material biológico (sêmen, fios de cabelo, saliva) que pode ser encontrado na cena do crime. Em seguida, todos os vestígios são inseridos no banco de dados do DF, e ganham um perfil genético, que logo é definido pelo computador, chamado de Sequenciador, no qual são identificadas as informações do DNA.

Depois, essas mesmas informações são repassadas para um banco de dados que contém as informações de todo o país.

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