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Mulher morre após ser esfaqueada na área central de Brasília

Segundo a Polícia Civil, vítima foi achada por pedestres no local conhecido como Buraco do Rato no SCS e faleceu no IHB

atualizado

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JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
buraco do rato scs setor comercial sul
1 de 1 buraco do rato scs setor comercial sul - Foto: JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

Uma mulher morreu após ser esfaqueada no Setor Comercial Sul (SCS). A vítima, identificada como Tânia de Cassia Rodrigues da Silva, 19 anos, foi encontrada por pedestres na Quadra 5, no local conhecido como Buraco do Rato, no começo da tarde dessa segunda-feira (22/10).

Na sequência, o Corpo de Bombeiros foi acionado e a levou para o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF), segundo a Polícia Civil do DF. Porém, Tânia não resistiu. A Polícia Militar do DF (PMDF) atendeu à ocorrência e disse que uma viatura fez varredura nas proximidades de onde Tânia foi encontrada, em busca de suspeitos, mas não o localizou.

O chefe da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), Rogério Rezende, investiga o caso e disse que a mulher era moradora de rua. “Ela foi socorrida com vida, com marca de facada no peito. Agora estamos em busca do autor, que ainda não foi identificado”, afirma.

Um mês antes de morrer assassinada, Tânia foi presa por tentativa de homicídio, também no SCS, perto da Boate Star Night. Ela tentou tirar a vida de outra mulher. Em 21 de setembro, em audiência de custódia, uma juíza do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) decidiu libertar a moradora de rua. A magistrada justificou que “a custodiada é jovem (apenas 19 anos), é primária e de bons antecedentes”.

Apesar disso, o Tribunal do Júri impôs a Tânia medidas cautelares como não mudar de endereço sem prévio aviso à Corte e proibição de se mudar do DF e frequentar o local onde ocorreu a tentativa de homicídio. A Justiça vetou também contado dela com a vítima do atentado.

A PMDF afirmou que tem prendido e apreendido diversos traficantes no SCS. Sete deles foram capturados somente neste mês, pela equipe do posto policial do setor, de acordo com a corporação. Ainda segundo os militares, essas ações têm diminuído os índices criminais na região.

 

Insegurança
Quem caminha perto do Buraco do Rato revela medo constante por causa da violência no local. “A gente sabe que, infelizmente, sempre ocorre assassinato por aqui, mas entre os usuários de drogas”, afirmou um trabalhador da região, que não quis se identificar. Ele classifica a zona como ponto de tráfico de drogas.

A comerciante Maria Conceição da Costa, 60, engrossa o coro: “Depois que as luzes dos postes se acendem, aqui vira uma terra de ninguém”. “A sensação é de total insegurança. Três vezes fui assaltada na minha loja. Colocaram a faca no meu pescoço e em plena luz do dia. Todos aqui têm medo. O SCS está entregue às traças”, lamenta.

A mulher acrescenta que as câmeras próximas de onde trabalha foram arrancadas menos de um mês após a instalação.

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A balconista Tatiane Coimbra reclama de insegurança no SCS
Hoje, o SCS abriga muitos moradores de rua
Câmeras de segurança não intimidam traficantes de drogas no setor
Nem mesmo um posto da Polícia Militar é capaz de inibir os crimes
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Trabalhadores e pedestres convivem com medo de criminosos no SCS

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A balconista Tatiane Coimbra reclama de insegurança no SCS

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Hoje, o SCS abriga muitos moradores de rua

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Câmeras de segurança não intimidam traficantes de drogas no setor

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Nem mesmo um posto da Polícia Militar é capaz de inibir os crimes

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O comerciante André Luís Gomes, 46, atravessou décadas no Setor Comercial Sul e, em 30 anos trabalhados no local, viu a insegurança se agravar desde 2008. “De 10 anos para cá, aqui só piora. Segurança aqui é zero. Policiamento tem, mas é preciso mais. Enquanto não resolver a questão da boca de fumo, aqui não vai ficar seguro”, reclama. Ele avalia também que o negócio sofre danos constantes por causa da violência.

“Minha loja já foi roubada e cheguei a ter um prejuízo de mais de R$ 30 mil. Quanto a assassinatos, ultimamente, aqui parece ocorrer um por semana

André Luís Gomes, comerciante

Tatiane Coimbra, 25, anda até a Rodoviária do Plano Piloto após sair da lanchonete onde é balconista, no SCS. Ela considera o trajeto perigoso. O estabelecimento onde trabalha, inclusive, foi roubado.

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Comerciante André Luís Gomes convive com medo no SCS por anos a fio

 

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