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Morte de médico por PM leva medo à vizinhança da 314/315 Sul

Corpo será levado para Ceres, cidade no interior goiano onde Luiz Augusto Rodrigues nasceu. Ele foi atingido por um tiro de carabina

atualizado

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Médico Luiz Augusto
1 de 1 Médico Luiz Augusto - Foto: Reprodução

A morte do médico Luiz Augusto Rodrigues, 45 anos, na madrugada desta quinta-feira (28/11/2019), gerou um clima de insegurança na quadra 314/315 Sul. O endocrinologista foi baleado por um policial militar durante uma abordagem no estacionamento em frente ao Teatro dos Bancários. Luiz será velado e enterrado em Ceres, cidade onde nasceu, no interior de Goiás. Os horários do velório e do enterro ainda não foram definidos.

Todas as pessoas que conversaram com o Metrópoles pediram para não serem identificadas. Um vigilante que trabalha próximo ao local relatou que a morte do profissional assusta por ter sido cometida por um PM. “O que me deixa mais espantado, como cidadão, é o despreparo da polícia militar, porque não dá para entender o motivo”, ressaltou.

Porteiro de um prédio na quadra há 7 anos, ele contou que nunca soube de caso parecido. “Nós que trabalhamos em portaria ficamos ainda mais expostos a esse tipo de situação. Gera medo em todos nós.”

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Local onde o médico foi morto
Bar onde ocorreu o caso
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O médico Luiz Augusto Rodrigues morreu baleado

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Um taxista de 70 anos lembrou do médico como “uma ótima pessoa” e lamentou o ocorrido. “Para mim, isso é inédito. Trabalho há 25 anos aqui e nunca vi nada dessa natureza. Nesse bar, só tem médico, advogado, juiz. Não era para acontecer isso de forma alguma”, reivindicou.

Um vigia de carros que trabalha na região contou ao Metrópoles que Luiz frequentava o bar quase todos os dias ao fim do expediente. “Ele saía do serviço com os amigos e vinha para o Cabana”, disse. “Isso não traz medo só para a gente que trabalha na rua, mas em todo mundo que passa por aqui”, completou.

O homem costumava pintar o pneu do carro do médico e narrou que, quando não tinha dinheiro para almoçar, Luiz comprava comida para ele. “Era um cara muito gente boa. Eu saí e, quando voltei, por volta das 2h, ele já estava morto. Depois soube que foi um policial que atirou nele”, contou.

Há 30 anos trabalhando à noite na quadra, ele afirmou que ficou assustado. “Nunca vi esse tipo de morte aqui. Tem delegacia aqui do lado, então era um local seguro”, considerou.

O caso

Segundo testemunhas, antes de levar o tiro, Luiz Augusto Rodrigues assistia ao jogo do Flamengo no Bar e Restaurante Cabana.

O proprietário do estabelecimento disse que o médico era cliente do local há cerca de dois anos. O neto do empresário, de 15 anos, inclusive, era paciente de Luiz. “Hoje é um dia triste. Eu não estava aqui ontem [quarta] e não presenciei nada. Só hoje, quando acordei, recebi informações sobre tudo. Lamento. Perdi um freguês e amigo. Profissional de primeira. Uma pessoa totalmente do bem.”

O tiro que atingiu Luiz Augusto saiu de uma carabina, da Imbel, calibre 5.56. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou a morte no local. Segundo os socorristas, o homem foi atingido na cabeça. O soldado se apresentou na 1ª DP e, por isso, não foi preso em flagrante.

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