Ministério Público denuncia seis por tráfico de mulheres no DF
Grupo aliciava as vítimas no Maranhão. Elas eram trazidas para Taguatinga, onde faziam programas em motéis
atualizado
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A Promotoria de Justiça Criminal de Taguatinga denunciou seis pessoas envolvidas no tráfico de mulheres para prostituição no Distrito Federal. Eles foram denunciados pelos crimes de tráfico interno de pessoas para fim de exploração sexual, favorecimento de prostituição e exploração sexual, favorecimento de prostituição e exploração sexual de adolescente, rufianismo, lesão corporal, cárcere privado, constrangimento ilegal e por integrarem uma organização criminosa armada.
As vítimas eram aliciadas no Maranhão com promessa de emprego lícito no Distrito Federal, mas quando chegavam, eram obrigadas a se prostituir. Elas sofriam ameaças e eram mantidas em cativeiro, sem comunicação e sob vigilância constante. Um sétimo membro da organização criminosa, ainda não identificado, era responsável por seguir as vítimas em uma motocicleta até os motéis para garantir que elas não fugiriam e controlar a quantidade e o tempo dos programas realizados
As mulheres não recebiam nada: a organização criminosa cobrava por moradia, alimentação, produtos de higiene, gastos com a viagem e drogas, que algumas vítimas chegaram a ser obrigadas a usar. O esquema foi descoberto quando três delas conseguiram fugir do cativeiro e procuraram uma delegacia. Elas foram abrigadas em local seguro devido às ameaças que sofriam.
Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), dos seis indiciados, cinco foram presos durante a Operação Sabaya, no final de agosto, e um encontra-se foragido. Com informações do MPDFT.
Foto: Juca Varella/ Fotos Públicas