metropoles.com

Megaoperação busca no DF suspeitos de furtar R$ 2,5 mi de contas bancárias

Operação Poderoso Chefão, da PCDF e do MPDFT, também cumpre mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e Bahia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PCDF/Divulgação
Operação Poderoso Chefão
1 de 1 Operação Poderoso Chefão - Foto: PCDF/Divulgação

Uma organização criminosa especializada na prática de furtos mediante fraude a contas bancárias foi alvo da Operação Poderoso Chefão, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Segundo a investigação, os suspeitos fizeram vítimas em diversas regiões do país.  Os prejuízos de pessoas físicas e jurídicas ultrapassam R$ 2,5 milhões.

A Operação Poderoso Chefão, que recebeu esse nome devido a um dos estabelecimentos de fachada utilizado pela organização criminosa, resultou na prisão de 17 suspeitos, somente nesta quinta-feira (17/9). Desse total, dois foram presos no estado da Bahia e um em São Paulo. Seis outros suspeitos continuam foragidos.

“Com as prisões do ano passado e de agora, entendemos que essa organização criminosa foi, efetivamente, atacada a ponto de cessar as atividade aqui no DF”, avalia Giancarlos Zuliani, responsável pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC).

Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, 36 de busca e apreensão em endereços no Distrito Federal, em Goiás, São Paulo e Bahia, além do sequestro de 22 veículos e bloqueio de ativos financeiros, que poderão totalizar R$ 10 milhões. Esses bens poderão garantir eventual ressarcimento às vítimas e pagamento de custas e multas processuais.

A ação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e contou com policiais da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), além dos promotores de Justiça do Núcleo de Combate ao Crime cibernético do MPDFT, NCyber.

A Polícia Civil de São Paulo prestou apoio em uma prisão que ocorreu perto da região de Campinas. O preso foi levado à delegacia de Mogi Guaçu.

9 imagens
Policiais também encontraram armas
Criminosos causaram prejuízo de R$ 2.5 milhões
Buscas foram feitas da Feira dos Importados, no SIA
Caso foi investigado pelo MPDFT
Operação Poderoso Chefão
1 de 9

Dinheiro apreendido

PCDF/Divulgação
2 de 9

Policiais também encontraram armas

PCDF/Divulgação
3 de 9

Criminosos causaram prejuízo de R$ 2.5 milhões

PCDF/Divulgação
4 de 9

Buscas foram feitas da Feira dos Importados, no SIA

PCDF/Divulgação
5 de 9

Caso foi investigado pelo MPDFT

DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
6 de 9

Operação Poderoso Chefão

PCDF/Divulgação
7 de 9

Operação Poderoso Chefão

PCDF/Divulgação
8 de 9

Material apreendido na Operação Poderoso Chefão, deflagrada pela PCDF

Hugo Barreto/Metrópoles
9 de 9

Delegado Jean Carlos e promotor de Justiça do MPDFT Leonardo Otreira em coletiva da Operação Poderoso Chefão

Hugo Barreto/Metrópoles
Goleiro

A investigação é decorrente de pistas obtidas após a prisão de um dos líderes da organização criminosa, o ex-goleiro Paulo Henrique, 26 anos, que defendeu as equipes do Gama e Ceilândia. O mandado foi cumprido pela DRCC em agosto de 2019.

Provas colhidas à época apontaram para um extenso esquema de lavagem de capitais, envolvendo empresas de fachada, incluindo bancas na Feiras dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), uma empresa de materiais de construção e um hookah, comércio de narguilé.

Paulo Henrique seria responsável por recrutar diversos moradores do Distrito Federal, com o objetivo de emprestarem suas contas bancárias para receberem recursos subtraídos, via internet, de contas de empresas localizadas em São Paulo.

De acordo com a PCDF, o ex-goleiro contava com o apoio do ex-militar do Exército Ricardo Calony da Silva, 27, e Tiago Vinícius da Silva, 33. Segundo o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani, o grupo aplicava as fraudes por meio de um banco nacional. Os investigadores decidiram não revelar o nome da instituição para não atrapalhar as apurações.

Após descobrir empresas que tinham contas nesse banco, os envolvidos hackeavam a conta e realizavam as transferências bancárias. “Através de mecanismos de capturar de senhas, eles conseguiam os dados dessas empresas e faziam as transferências para Brasília. O Paulo Henrique fazia o aliciamento aqui no DF”, disse o delegado.

Segundo Zuliani, a PCDF chegou aos envolvidos após analisar casos de seis empresas que foram vítimas do golpe desde dezembro de 2018 até agosto de 2019.

Ainda de acordo com o delegado, pelo menos 13 pessoas do DF emprestaram contas bancárias para receber os valores e ganhavam cerca de 10% do valor roubado originalmente de uma empresa de São Paulo.

Em imagens adquiridas pela PCDF, é possível ver Paulo Henrique passando informações a um possível “laranja” em um banco em 25 de junho deste ano. “Temos saques no valor de R$ 85 mil”, revelou o delegado.

Férias luxuosas

O promotor de justiça do MPDFT Leonardo Otreira afirmou que órgãos públicos caíram no golpe da organização, mas não revelou quais.

De acordo com ele, as vítimas e as empresas eram escolhidas aleatoriamente. “Eles pegavam o máximo de dinheiro que conseguissem de qualquer PJ que acreditasse no esquema.” Além de fraude, as acusações contra os suspeitos presos são de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Também foram encontrados R$ 35 mil em dinheiro com um dos envolvidos.

Contudo, o delegado Zuliani afirma ser improvável o estorno às vítimas. “Eles gastavam o dinheiro dos golpes numa velocidade muita alta. Um dos suspeitos, inclusive, estava em luxuosas férias no momento da prisão”.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?