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Líderes do PCC em Brasília fortalecem os planos da facção, diz Sinpol

O sindicato afirma que chegada de Marcola pode acarretar no aumento da violência e da sensação de insegurança

atualizado

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Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sinpol-DF
1 de 1 Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sinpol-DF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) se manifestou contra a permanência dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, no Presídio Federal de Brasília. Segundo a entidade, a chegada dos criminosos é convergente com os planos da organização, que há anos tenta se instalar em Brasília, uma das cidades com maior renda per capita do país.

Em um texto assinado pelo presidente do Sinpol, Rodrigo Franco (foto principal), a instituição afirma que chegada de Marcola pode acarretar no aumento da violência e da sensação de insegurança. “Com os presos, desembarca em Brasília toda uma estrutura que deve ser capaz de sustentá-los e ampliar seus tentáculos”, disse.

Segundo ele, a força motriz é o tráfico de entorpecentes, o empréstimo de arma para roubos em larga escala, as extorsões e” um verdadeiro exército de criminosos trabalhando em ritmo empresarial a fim de manter e expandir o poder da facção”. O líder máximo do PCC já esteve preso na Papuda em 2001, ano em que ocorreu a última grande rebelião no complexo.

“Apesar de não ter se envolvido diretamente, as investigações apontaram ser ele um dos mentores da rebelião que contou com a adesão de centenas de presos e resultou na morte de três detentos e 11 pessoas feridas, entre elas, três policiais”, lembrou Franco.

O sindicalista cita que criminosos de fora do país foram contratados em 2018 para fazer o resgate da cúpula do PCC. O valor pago teria ultrapassado milhões de dólares. Essa, inclusive, seria uma das razões das recentes transferências pelas quais têm sido submetidos, destacou o Sinpol. Antes de desembarcar em Brasília, nessa sexta-feira (22/3), Marcola estava preso em Porto Velho, Rondônia, desde 13 de fevereiro deste ano.

No texto, Rodrigo Franco aproveitou, ainda, para expor os problemas enfrentados pela corporação. Segundo ele, nos últimos anos, a PCDF sofreu um desaparelhamento com viaturas antigas, baixo efetivo, salários, equipamentos insuficientes, armas com defeitos, munição insuficiente e coletes vencidos.

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Comboio para levar Marcola ao Presídio Federal de Brasília em fevereiro de 2019
Esquema especial de segurança foi montado para receber a liderança do PCC
Na época, ruas foram fechadas para passagem do comboio
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Marcola e outros presos foram trazidos em avião da FAB para Brasília em março de 2019

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Comboio para levar Marcola ao Presídio Federal de Brasília em fevereiro de 2019

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Esquema especial de segurança foi montado para receber a liderança do PCC

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Na época, ruas foram fechadas para passagem do comboio

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“Ainda assim, no que tange ao combate ao crime organizado e à repressão às facções criminosas, a PCDF tem sido largamente exitosa. Diversas operações, quase que todos os anos, têm prendido centenas de criminosos, dentro e fora do Distrito Federal”, ponderou. Franco finaliza afirmando que se a decisão de manter Marcola e os líderes do PCC em Brasília persistir, a PCDF terá que receber investimentos.

Poder Executivo
Na manhã deste sábado (23), o governador Ibaneis Rocha (MDB) voltou a atacar, de forma dura, a transferência de Marcola. Ao chegar a evento na Candangolândia, o chefe do Executivo local disse que o ministro da Justiça, Sergio Moro, não o comunicou da vinda do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) ao DF.

“Fui avisado depois e achei isso um desrespeito. Moro conhece muito de corrupção, de segurança provou que não conhece nada”, disparou, ao responder aos questionamentos da reportagem do Metrópoles. De acordo com Ibaneis, logo após a transferência, Moro o telefonou e “ouviu poucas e boas”.

Ouça entrevista com o governador Ibaneis Rocha:

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