Integrantes de movimento popular acusados de extorquir famílias carentes são soltos
Prisão temporária não foi renovada e o grupo, que estava recolhido na carceragem do DPE e na Penitenciária feminina do DF, foi liberado
atualizado
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Os integrantes do Movimento de Resistência Popular (MRP) detidos em 1º de dezembro, acusados de extorquir famílias carentes, foram soltos. A prisão temporária não foi renovada e o grupo, que estava recolhido na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e na Penitenciária Feminina do DF, a Colmeia, foi liberado na última sexta-feira (11/12).
Após a divulgação da Operação Varandas, coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), novas denúncias foram feitas à polícia. Segundo do delegado-chefe da unidade, Luiz Dourado, as investigações continuam.
A organização cobraria, mensalmente, cerca de R$ 50 das quase 900 famílias que integravam o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) – a prática teria sido aplicada também no MRP, segundo a polícia. O valor da taxa no novo movimento teria chegado a R$ 300.
As apurações da Deco indicam ainda que as famílias que não cediam à cobrança recebiam ameaças que iam da possibilidade de suspensão do benefício à violência física. O lucro da quadrilha era de, no mínimo, R$ 45 mil por mês. O dinheiro seria aplicado em automóveis, eletrônicos e casas no DF.
Durante a Operação Varandas, nome em referência ao edifício que Edson mora em Taguatinga, os policiais civis cumpriram 12 mandados de prisão por organização criminosa, extorsão e homicídio. A mulher do líder do MRP, Ylka Carvalho, também foi presa. Quatro armas e R$ 26 mil em dinheiro, além de televisores, chuveiros e roupas de cama furtados do hotel St. Petter, invadido pelos sem-teto, foram apreendidos.