Indícios apontam que sargento da PM não teria cometido suicídio
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil retirou da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) o inquérito que investiga a morte de Daniel Quezado Amaro
atualizado
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Após 80 dias do ocorrido, o suposto suicídio cometido pelo sargento da Polícia Militar Daniel Quezado Amaro é colocado sob suspeita. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil retirou da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) o inquérito que investiga a morte do militar. O caso é tratado sob sigilo total, já que Quezado era casado com uma policial civil. Apenas ela estava no apartamento quando o sargento caiu no chão da sala com um tiro no peito.
No dia 24 de fevereiro, a morte do militar causou grande comoção por dois motivos. Primeiro porque ele era muito querido na corporação, depois, porque, no dia do ocorrido, houve uma intensa movimentação policial no Sudoeste, onde ele morava, provocando, inclusive, engarrafamento no bairro. A confusão despertou curiosidade e, as primeiras informações dadas pela polícia, eram de que o caso se tratava do suicídio de um militar. A polícia, no entanto, não confirmou oficialmente a informação. O que se tinha, naquele momento, eram relatos de policiais que participaram do socorro circulando pelas redes sociais.
Uma série de exames ainda está em fase de conclusão no Instituto de Criminalística, mas alguns já foram finalizados. O resultado do laudo cadavérico, por exemplo, é “inconclusivo” para suicídio. As informações, no entanto, foram recebidas com desconfiança por investigadores da Polícia Civil, já que, em casos de suicídio, os laudos, em geral, apontam algum tipo de auto-lesão (como um disparo de arma de fogo contra o próprio peito).De acordo com pessoas próximas a Quezado, o PM fazia planos de se mudar do Distrito Federal após se aposentar. O sargento sonhava em viver no Nordeste e chegou a trocar mensagens com amigos, pelo celular, comentando o desejo. Tanto o telefone do militar quanto o de sua esposa são alvo de perícia.
O PM foi encontrado morto no apartamento que dividia com a mulher, na quadra CCSW 4, no Sudoeste. O sargento trabalhava no 7° BPM (Cruzeiro/Sudoeste). Ele atuou na Comunicação da PMDF por mais de 15 anos.
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