IML libera corpo de padre Casemiro. Velório está previsto para segunda
A cerimônia fúnebre será na Paróquia Nossa Senhora da Saúde. Ele foi assassinado no sábado (21/09/2019)
atualizado
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O corpo do sacerdote Kazimerz Wojn, conhecido pelos fiéis como padre Casemiro, foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), no início da noite deste domingo (22/09/2190), e seguiu para a funerária. O velório será nesta segunda-feira (23/09/2019), às 8h, na Paróquia Nossa Senhora da Saúde (702 Norte). Em seguida, às 14h, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio Rocha, realizará uma missa. O sepultamento ocorrerá, a partir das 16h30, no cemitério Campo da Esperança (Asa Sul).
“Estamos fazendo o possível para o corpo do padre Casemiro chegar às 8h. De início, os parentes dele não virão, mas estamos esperando a confirmação da embaixada da Polônia. São eles que estão intermediando esse contato. Estamos só aguardando essa confirmação, em respeito à família. A partir das 8h, estaremos aqui para começar o nosso velório. Às 10h, terá uma missa e outra ocorrerá às 14h ou 14h30. Se for possível, e necessário, vamos aguardar mais”, disse o padre João Firmino, assessor da Arquidiocese de Brasília.
Ao longo desta segunda-feira, a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte, ficará aberta para que os paroquianos possam se despedir do padre Casemiro. Fiéis poderão permanecer no templo e fazer orações ao longo de todo o dia.
Crime bárbaro
O delegado Laércio Rosseto, da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), que lidera as investigações do assassinato do padre Casemiro, afirmou que os autores do crime agiram com requintes de crueldade. o religioso foi estrangulado na noite desse sábado (21/09/2019) na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. Ele foi encontrado com os pés e as mãos amarrados, e com um arame envolto ao pescoço – além de uma lesão na cabeça.
De acordo com o investigador, o caso é um latrocínio, quando ocorre um roubo seguido de morte. Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que quatro homens cometeram o assassinato. Para Rosseto, o modus operandi dos bandidos deixa claro que eles conheciam a rotina do padre.
Os criminosos teriam ficado entre duas e três horas na casa do religoso. Casemiro, cujo o nome original é Kazimerz Wojn, já havia se queixado da insegurança na região – a Paróquia Nossa Senhora da Saúde foi assaltada este ano. Porém, o caráter bárbaro do assassinato é um indicativo, segundo a polícia, da não relação entre os casos.
“Por conta do requinte de crueldade com que executaram o padre, a princípio, o crime não tem relação com os roubos anteriores”, avaliou Rosseto. “Pela situação na qual ele foi encontrado, a gente pode afirmar que houve sofrimento por parte da vítima”, completou.
Suspeitos
A Polícia Civil afirma já ter nomes de suspeitos de envolvimento no assassinato do padre Casemiro. Segundo o delegado Rosseto, as identidades não serão reveladas para não atrapalhar as investigações. Desde o início da tarde deste domingo (22/09/2019), os investigadores colhem depoimentos de envolvidos, testemunhas e do caseiro que foi mantido refém pelos bandidos juntamente com o pároco.
De acordo com a polícia, a casa tinha cofres modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. “Tinha cofre de um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos levaram uma “makita”, pé de cabra, barras e picaretas.