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Homicídios e estupros aumentam em fevereiro no DF. Assaltos caem

No período analisado, foram 46 registros de assassinatos contra 32 em janeiro, e 64 agressões sexuais ante 61 no primeiro mês do ano

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles/Foto ilustrativa
estupro violência contra mulher
1 de 1 estupro violência contra mulher - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles/Foto ilustrativa

O número de estupros continua em alta no Distrito Federal. Em fevereiro deste ano, 64 casos foram registrados nas delegacias da capital contra 42 no mesmo período de 2017, ou seja, aumento de 52,4%. Um dos episódios ocorridos no mês em análise foi o de uma estudante de 20 anos, que foi violentada quando saía da faculdade na 913 Sul.

A universitária estava a caminho da estação de metrô na 112 Sul quando foi abordada pelo criminoso. De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 22h30. O estuprador ameaçou a vítima com um estilete e a levou para uma área verde na SQS 113. Moradores socorreram a jovem, mas o agressor fugiu do local. Só após o ataque, a Novacap podou as árvores da região, apesar de pedidos feitos por moradores.

Em janeiro, as delegacias registraram 61 casos de estupros, contra 59 no mesmo período de 2017. A Secretaria de Segurança e da Paz Social faz uma separação das estatísticas. Em fevereiro deste ano, por exemplo, aponta que, dos 64 registros, 42 casos ocorreram efetivamente no mês analisado, o mesmo número de fevereiro de 2017.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio, em dois terços dos estupros há algum tipo de vínculo entre a vítima e o agressor. “Não tem como colocar policiais para vigiar as relações interpessoais. O que podemos fazer é o que estamos fazendo: fortalecer as campanhas e principalmente a responsabilização criminal depois que os fatos acontecem”, disse Sampaio, que assumiu em fevereiro a vaga deixada pelo ex-chefe da pasta Edval Novaes. O delegado alegou “motivos familiares” ao deixar o cargo ocupado por ele desde março de 2017.

Além de estupros, cresceu o número de roubos a comércio. Foram 176 em fevereiro deste ano contra 157 no mesmo período de 2017, ou 12,1% a mais. Entre os crimes contra o patrimônio que tiveram redução no segundo mês do ano estão roubos a pedestre (o número caiu de 3.343 para 2.511) e à residência (de 67 para 43). Os assaltos nas ruas diminuíram, conforme pontuou o secretário, devido ao bloqueio dos celulares, que impedem tanto o roubo quanto a comercialização dos aparelhos levados das vítimas.

No período analisado, foram registrados 46 homicídios no Distrito Federal. O número é menor do que o do mesmo mês do ano passado (51), mas ultrapassa em 43,75% o total registrado no primeiro mês de 2018, quando 32 pessoas perderam a vida de forma violenta na capital do país. Significa dizer que, no segundo mês do ano, a cada 14 horas, uma pessoa foi morta no DF.

O aumento foi verificado no período em que a Polícia Civil do Distrito Federal fez paralisação. A categoria luta pela equiparação salarial com os agentes federais e não descarta nova greve a partir desta semana.

A Secretaria de Segurança Pública e Paz Social (SSP-DF) explicou que cada mês possui uma particularidade. Por esse motivo, os dados entre um mês e outro geralmente diferem, e o comparativo é feito entre os mesmos períodos.

Janeiro deste ano, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública, teve o menor índice de homicídios já registrado para o mesmo período no Distrito Federal, desde o início da série histórica, em 2000.

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