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PM que surtou em Vicente Pires e fez mais de 30 disparos é solto

Segundo a Polícia Civil, Sílvio Costa Pereira esvaziou três pentes da pistola, disparados dentro e fora do apartamento. Ele pagou fiança

atualizado

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vicente pires, pm, surto
1 de 1 vicente pires, pm, surto - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O policial militar que surtou e disparou pelo menos 30 vezes no início da tarde desta sexta-feira (2/3) em um prédio na Rua 12, em Vicente Pires, não ficará preso. Depois de três horas de negociação, Sílvio Costa Pereira, 32 anos, se rendeu, foi levado a um hospital, medicado e informou ao delegado, de dentro da ambulância, que só falaria em juízo. Pagou fiança de R$ 2 mil e acabou liberado no início da noite.

De acordo com o delegado Yuri Fernandes, da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), o militar esvaziou três pentes da arma, uma pistola .40. Testemunhas contaram em depoimento que o PM tinha depressão e já vinha demonstrando sinais de isolamento. Os disparos foram feitos dentro e fora do apartamento. Por pouco não houve uma tragédia, já que os tiros acertaram paredes e até carros estacionados.

Pereira foi autuado em flagrante por disparo de arma de fogo em local habitado e pode ser condenado de dois a quatro anos de prisão. Agora, segundo o advogado Aldênio de Souza, fará tratamento em uma clínica conveniada com a Polícia Militar.

O surto
Segundo a PMDF, o militar e a namorada estavam bebendo dentro do apartamento quando ele teria recebido um telefonema da família e ficado muito irritado. Nesse momento, começou a disparar. A namorada contou que saiu correndo do imóvel e se escondeu em uma unidade vizinha.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) conduziu o processo de rendição. O policial aparentava estar fora de si. O comandante do PM, lotado no Batalhão de Trânsito, foi chamado para ajudar.

Na saída do prédio, os policiais fizeram um cordão a fim de evitar que o colega de farda fosse filmado ou fotografado. Uma viatura do batalhão também foi utilizada para protegê-lo. De acordo com a corporação, o  militar seria levado para exames em um hospital, mas não divulgou qual.

Veja o vídeo do momento em que o PM é colocado em uma viatura dos bombeiros:

 

Após ouvirem alguns disparos, testemunhas pensaram que se tratava de alguém batendo um martelo na parede, conforme relataram. “Foi assustador”, disse um dos vizinhos. O policial ameaçou quem tentasse subir no apartamento, contou outra pessoa. “Se subir alguém, eu mato”, teria dito.

Imagens do local mostravam o policial, sem camisa, andando entre o quarto e a varanda da residência. Em alguns momentos, ele se deitava no chão e colocava um objeto perto da boca. Não foi possível ver se era uma pistola ou uma garrafa de cerveja.

Veja as imagens da confusão:

10 imagens
O policial ficou três horas trancado no imóvel
Carro foi atingido por um dos disparos feitos pelo policial
O Bope em ação
Policial foi levado para o hospital
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Toda a área perto do prédio foi isolada

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O policial ficou três horas trancado no imóvel

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Carro foi atingido por um dos disparos feitos pelo policial

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O Bope em ação

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Policial foi levado para o hospital

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O agente da PMDF estava totalmente transtornado

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Como ele estava atirando pela varanda, a PMDF isolou a área, e a imprensa não conseguiu se aproximar

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O policial trabalha há cinco anos na corporação

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O irmão do policial foi chamado a fim de ajudar nas negociações

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O clima era de apreensão. A área foi isolada e os moradores e trabalhadores seguem dentro dos estabelecimentos. O prédio tem 16 apartamentos e lojas embaixo. “Saí pelo canto, próximo aos muros, e ele foi atirando dentro do condomínio. Ligamos para a Polícia na hora”, relata o subsíndico do edifício Millenium, Antônio José da Silva.

“Ouvimos os disparos e ficamos olhando um para o outro no restaurante. Foram cinco disparos consecutivos. Saiu até fumaça de dentro do prédio de tantos disparos”, relatou Lidiane Maria, 29 anos, funcionária do salão Santa Vaidade.

De acordo com os vizinhos, na quinta-feira o policial já teria apresentado comportamento agressivo. Nas rede sociais, PMs contaram que há algum tempo o homem já estava criando problemas no ambiente de trabalho também.

O caso será investigado pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga). A unidade é a mesma em que, no início da semana, o delegado Yuri Fernandes deu voz de prisão a policiais militares que teriam recusado levar um motorista embriagado ao hospital depois que ele foi preso.

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