Homem é encontrado morto dentro de carro no centro de Brasília
Vítima tinha 35 anos e estava com duas perfurações causadas por arma branca. Uma no peito e outra no ombro
atualizado
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Um homem, de 35 anos, foi encontrado morto dentro de um veículo no Setor Hoteleiro Sul (SHS), área central de Brasília, nesta terça-feira (20/3). A vítima foi identificada como Carlos Augusto Lopes Salazar. O corpo tem marcas de pelo menos duas perfurações causadas por arma branca: uma no peito e outra no ombro.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, as equipes foram acionadas às 4h50. O carro, um Honda Civic verde, estava estacionado entre os hotéis Naoum e Riviera. De acordo com informações preliminares, trata-se de um funcionário da área de tecnologia da informação, morador da Asa Norte.
Conforme empregados dos hotéis ouvidos pelo Metrópoles, o local é um ponto de prostituição. A região é dividida entre travestis e garotas de programa. O corpo de Carlos foi encontrado na parte da frente do veículo com as pernas para fora. As portas estavam abertas e o alarme disparado. A carteira dele foi localizada no gramado próximo, junto ao documento do automóvel.
“Trabalhamos durante a madrugada e não ouvimos gritos. Geralmente, ficamos na recepção e trancamos a porta porque sempre tem confusão com travestis aqui ao lado. Usam drogas, brigam se o cliente não paga ou se paga pouco”, explicou um funcionário que preferiu não se identificar.
O caso é tratado como homicídio e será investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (área central). Testemunhas contaram que ouviram gritos durante a madrugada. “Ouvi muitos gritos de mulher. Pensei que era um assalto”, disse uma hóspede que não quis se identificar.
“Vi três travestis dividindo algo entre eles. Quando viram o meu carro, correram. Assim que entrei na quadra vi o Honda Civic com as portas da frente abertas e o alarme acionado. Não imaginei que pudesse ter alguém dentro do veículo”, contou o taxista Gregório Eupídio.
Perfil discreto
No prédio onde a vítima mora com a mãe, na 112 Norte, os vizinhos o descrevem como uma pessoa discreta. Não conversava muito com os porteiros e moradores.
“Eu vi o Carlos, ontem, por volta de meio-dia. Ele saiu para comprar marmita, mas esqueceu de levar as chaves. Abri a porta e ele subiu. Sempre foi muito reservado, na dele”, disse um vigilante. A família mora no local há cerca de quatro anos.
Ainda segundo os funcionários, Carlos teve o carro roubado há três meses, um Volkswagen Gol. “Foi aí que ele passou a usar o veículo da mãe (Honda Civic). Ela era muito cuidadosa com esse carro”, completou.