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Homem agride mulher com soco no olho e precisa ser contido pela PM

Durante o trajeto até a viatura, o acusado resistiu à prisão e precisou ser levado à força para a delegacia de São Sebastião

atualizado

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mulher de olho roxo
1 de 1 mulher de olho roxo - Foto: Getty

Um homem de 42 anos foi preso, na madrugada desta quarta-feira (29/8), no Jardim Botânico. Ele é acusado de agredir a mulher, de 37. A própria vítima chamou a Polícia Militar.

Quando os militares chegaram ao endereço, encontraram a mulher com um ferimento no olho. De acordo com ela, assim que chegou em casa, vindo de um passeio, encontrou o marido bastante agressivo. Ele teria desferido socos em seu olho esquerdo.

Ao ser abordado na residência pela PM, o homem disse que estava disposto a ir para a delegacia e negou a agressão. Durante o trajeto até a viatura, no entanto, ele voltou atrás e se negou a comparecer à DP.

O homem reagiu à prisão e precisou ser contido pelos policiais. Na 30ª DP (São Sebastião), acabou autuado em flagrante.

Dados de feminicídio
Este ano, 20 mulheres foram vítimas de feminicídio no DF. Destes casos, 16 chegaram ao Ministério Público. Metade delas tinha menos de 40 anos. No mesmo período, outras 37 sobreviveram a tentativas de assassinato por parte de seus companheiros.

O mais recente feminicídio registrado pela PCDF ocorreu no Itapoã, no dia 26 de agosto. Dez dias antes de morrer, Maria Regina Araújo, 44, denunciou o marido, Eduardo Gonçalves de Sousa, à polícia. A vítima teve o pedido de medida protetiva negado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Paranoá.

Gonçalves é o principal suspeito de assassinar Maria Regina, com 20 facadas, no imóvel em que moravam na Quadra 1, Conjunto B, da Fazendinha, no Itapoã. A filha do casal, de apenas oito anos, presenciou o crime. O acusado está foragido.

Em uma decisão do dia 16 de agosto, a juíza substituta Eugênia Christina Bergamo Albernaz destacou que Maria Regina afirmou viver uma relação conturbada com Eduardo. “A requerente relata não ter um relacionamento amistoso com o atual companheiro, em razão das constantes brigas do casal, ao longo dos 12 anos de relacionamento, motivo pelo qual teria sido supostamente injuriada e ameaçada pelo requerido, em 12 de agosto de 2018”, pontuou.

“Vivemos numa cultura que naturaliza a violência contra a mulher”, afirma o promotor Fausto Lima. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o crime teve aumento de 60% no Distrito Federal. Em 2017, 10 mulheres perderam a vida e outras 37 não morreram por circunstâncias alheias à vontade do agressor.

A violência doméstica atinge todo o Distrito Federal, mas Ceilândia, Santa Maria, Planaltina, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas e Gama lideraram o triste ranking de vítimas do primeiro semestre do ano.

No país, quase 10 mil mulheres foram vítimas de feminicídio ou tentativas de homicídio por motivos de gênero nos últimos 9 anos, de acordo com levantamento da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180. Desde 2009, a central registrou denúncias de morte de pelo menos 3,1 mil mulheres e outras 6,4 mil foram alvo de tentativa de assassinato.

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