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Golpista prometia a jovens trabalho em escombros do World Trade Center

Mulher foi presa. Vítimas pagaram valores entre US$ 1 mil a US$ 2 mil para recolher entulho do prédio alvo de atentado de 11 de setembro

atualizado

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1 de 1 Screenshot_2104 - Foto: PCDF/Divulgação

Policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, à Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf) prenderam uma estelionatária conhecida em todo o Brasil. Segundo a Polícia Civil do DF, Gilda Maria da Silva Xavier, 53 anos, atua desde 2001, quando aplicou um golpe em pelo menos 21 jovens, com idades entre 18 e 25 anos, na cidade de Caldas Novas (GO).

As vítimas teriam pago a ela valores entre US$ 1 mil a US$ 2 mil, com a promessa de contratos de até US$ 480, por dia, para trabalhar nos escombros do atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center, na remoção de entulhos, em Nova York (EUA).

Segundo a polícia, a mulher também era especializada em mercado financeiro. Utilizando-se de jargão empresarial, ela oferecia para grandes empresários de São Paulo e do Paraná a abertura de plataformas de monetização de títulos e cobrava taxas de US$ 150 mil (cerca de R$ 500 mil), contudo, o serviço não era prestado.

À polícia, as vítimas relataram que a mulher era indicada por uma pessoa de notoriedade política nacional, mas o nome do parlamentar não foi revelado pelos investigadores.

“Ela escolhia as vítimas de acordo com o padrão social que tinham. Contava com a indicação de uma pessoa conhecida nacionalmente”, disse a delegada Isabel Moraes. A suspeita recebia os valores dos golpes na conta de um familiar, pessoa física, que também será autuado.

Confira a entrevista com a delegada Isabel Moraes:

 

De acordo com a PCDF, a golpista também consta como autora de crimes de estelionato em outros cinco inquéritos no DF. Há mandados contra ela expedidos pela 1ª Vara Criminal Juizado da Infância e da Juventude de Nova Lima (MG) e 13ª Vara Criminal de Goiânia (GO).

O golpe
Em 2016, Gilda foi apresentada, por meio de um assessor parlamentar, a um empresário de São Paulo. Na ocasião, ela disse que era advogada. O assessor informou à vítima que a mulher trabalhava com captação de recursos financeiros no exterior por meio de bancos europeus e poderia oferecer plataformas de monetização de LTNs (Letras do Tesouro Nacional).

Foram feitas reuniões onde Gilda mostrou segurança e falou com propriedade sobre as possibilidades de investimento. Ele disse que tinha cerca de US$ 80 milhões em títulos no exterior, mas que não possuía recursos para arcar com as taxas de monetização.

O contrato entre a estelionatária e o empresário foi firmado em junho do mesmo ano. O banco responsável pelas transações, de acordo com o contrato, era em Londres. Gilda recebeu R$ 498 mil da vítima sob o pretexto de pagar taxas operacionais.

O contrato venceu em abril de 2017 e o empresário não recebeu os recursos prometidos.A mulher desapareceu, não atendeu mais o telefone, deixou de responder e-mails e mensagens.

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