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GDF pode gastar R$ 6 milhões em 25 Postos Comunitários de Segurança

Lançados em 2007 como solução para a segurança pública do DF a um custo de R$ 18 milhões, os PCSs estão sucateados e abandonados. Agora, o governo quer revitalizar parte dos 131 existentes, com a oferta de serviços culturais, profissionais e sociais

atualizado

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Ceilândia
1 de 1 Ceilândia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nove anos após o lançamento dos Postos Comunitários de Segurança (PCSs) — apresentados como solução para combater a criminalidade no Distrito Federal — a iniciativa está a um passo de acabar de vez. Hoje, a maioria das 131 construções está abandonada ou mesmo destruída, e a solução do GDF é destinar parte desses PCSs a outras atividades. A novidade, no entanto, vai custar caro aos cofres públicos e a fatura pode chegar a R$ 6,25 milhões.

Na época em que foram construídos, esses postos comunitários custaram entre R$ 100 mil e R$ 150 mil a unidade, a um custo total de R$ 18 milhões. Agora, o governo espera reformar 25 unidades, a um custo unitário de R$ 250 mil. A ideia é que os primeiros quatro fiquem prontos até o fim do ano.

Em evento realizado na Torre de TV nesta quinta-feira (14/7), a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, comentou alguns pontos da medida. “Até a primeira quinzena de agosto, lançaremos o edital para a ocupação social de quatro postos: na Estrutural, em Santa Maria, no Itapoã e no Sol Nascente. O documento estabelecerá quais atividades serão oferecidas nos locais. A intenção é prestar serviços culturais, profissionais e sociais, como cursos, palestras e espaço de coworking, entre outros”, explicou. Ainda segundo a secretária, caso o projeto-piloto tenha sucesso, outros 21 espaços terão o mesmo uso em 2017.

Ocupação x vandalismo
O novo destino dos postos comunitários começou a ser debatido neste ano, quando seis deles foram incendiados. No total, 29 foram alvos de ataques nos últimos anos. Após consultar movimentos sociais e especialistas, a Secretaria de Segurança Pública decidiu investir na revitalização de parte dessas construções.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Nunes, acredita que a ocupação popular evitará novos ataques. “Uma vez que as pessoas ocupem os postos, perceberão que os prédios são patrimônios públicos, não da polícia. E, se forem destruídos, não poderão ser usufruídos pelos próprios cidadãos.” Segundo Nunes, a tendência é de que o projeto ultrapasse os 25 postos previstos, deixando apenas algumas unidades estratégicas para uso policial.

Ação equivocada
Desde que foram inaugurados, ainda na gestão Arruda, os PCSs foram alvo de uma série de críticas, tanto por parte de especialistas em segurança pública quanto da própria Polícia Militar do Distrito Federal.

O principal argumento utilizado é que a ideia de policiamento comunitário compreende muito mais do que um posto físico: pressupõe mobilidade das forças de segurança e interação com a população. “Vários estudos globais mostram que os policiais são mais eficientes quando contam com mobilidade, podendo atender a população onde são necessários. Seria preciso um efetivo muito maior do que o atual para que pudéssemos usar tantos pontos fixos”, explica Nunes.

Atualmente, 44 postos estão disponíveis para a administração direta e oito postos foram remanejados — cinco para administração do Gama, um para administração de São Sebastião e dois para o Detran-DF).

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