GDF oferece 33% de reajuste a policiais civis a partir de 2018
A proposta será votada em uma assembleia que está marcada para as 14h desta quinta (1º/9). Sindicatos já afirmaram que “99% da categoria” deve recusar. Uma nova reunião com o governo foi agendada para a próxima segunda (5)
atualizado
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A reunião entre os sindicatos da Polícia Civil, o secretário da Casa Civil, Sérgio Sampaio, o diretor-geral da PCDF, Eric Seba, e promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) terminou sem acordo nesta quarta-feira (31/8). A categoria, mais uma vez, não saiu satisfeita com a proposta do GDF.
O Palácio do Buriti ofereceu reajuste de 33% a ser pago a partir de 2018. Os policiais não abrem mão dos 37%, que vão equiparar os salários com os da Polícia Federal. Seriam 8% em janeiro de 2018, 7% em janeiro de 2019, 8% em janeiro de 2020 e 10% em janeiro de 2021.
Esses 33% em seis anos quebram a paridade da PCDF com a Polícia Federal, tanto em índices como em datas. Essa oferta está mais distante dos anseios dos policiais civis do que as propostas anteriores, que estabeleciam um aumento no segundo semestre de 2017
Presidente do Sinpol, Rodrigo Franco,
A proposta, agora, será votada em uma assembleia que já está marcada para as 14h desta quinta (1º/9) com o objetivo de definir os rumos do movimento. Contudo, as entidades já afirmaram que 99% da categoria deve recusar. Representantes do Sinpol já rejeitaram a oferta na própria reunião. “A falta de avanços deve agravar ainda mais a Operação PCDF Legal e outras ações”, adiantou Franco.
Uma nova reunião com o GDF está marcada para a próxima segunda (5/9).
Justificativa do governo
O discurso do governo é de que os cofres públicos não conseguem custear a demanda devido a dívidas deixadas pela gestão anterior. Em meio à crise instalada na corporação, com entrega de cargos de chefias e paralisações, o Executivo local busca alternativas. A mobilização incluiu encontros na Esplanada dos Ministérios e no Palácio do Planalto, já que é a União que banca o custeio da área de segurança do DF.
Enquanto a equipe de Rodrigo Rollemberg estuda uma maneira de por fim ao caos, investigações, como a que apura o suposto pagamento de propina para deputados da Câmara Legislativa, estão comprometidas por conta da entrega de cargos de delegados e agentes. Os sindicatos afirmam que as delegacias “estão acéfalas“.