Funcionários do HUB têm carros furtados no estacionamento do hospital
Bandidos levaram equipamentos multimídia e estepes do interior de veículos durante esta quinta-feira (30/11)
atualizado
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O estacionamento do Hospital Universitário de Brasília (HUB), na 604/605 Norte, tem sido alvo de bandidos. Apenas nesta quinta-feira (30/11), segundo relatos de servidores da unidade de saúde, oito carros teriam sido arrombados e furtados.
A cada furto, as vítimas foram orientadas a prestar queixa na 5ª Delegacia (Área Central) e a preencher um livro, que fica em poder da segurança do HUB. Mesmo estando em uma área cercada e vigiada por funcionários terceirizados, há relatos de furtos no estacionamento público do hospital no feriado do Dia do Evangélico.
Uma das vítimas é a auxiliar de enfermagem Sara Alves da Costa, 44 anos. Ela chegou para trabalhar no HUB por volta das 7h30. Quando voltou ao seu carro, às 12h30, para sair e comprar almoço, encontrou o veículo com o vidro quebrado.
“Levaram toda a central multimídia. Uma testemunha disse que o carro estava daquele jeito desde as 8h. Ela diz que chamou a segurança, para não molhar o interior, colocou um plástico, mas [os vigilantes] disseram que não poderiam intervir nesses casos”, lamentou.Como outras vítimas, antes de ir à delegacia, a técnica de enfermagem disse ter ido até a sala da segurança do HUB para preencher o livro de ocorrência do hospital. No local, Sara foi informada que, além de seu carro, outros oito tiveram o interior furtado.
No estacionamento onde ocorreram os crimes, próximo ao Centro de Apoio à Oncologia, há uma guarita em que deveria ficar um agente da segurança. Entretanto, o local frequentemente está vazio, segundo relatos de servidores. “Vamos juntar todas as vítimas e acionar a Justiça, para saber quem pode reparar nossos prejuízos”, afirmou Sara Alves.
Sem saber a quem recorrer, a enfermeira Samara Sales, 30, que também teve o carro arrombado e o estepe furtado, questionou a responsabilidade da segurança do hospital sobre os crimes.
“Eles falaram para mim que não poderiam fazer nada, pois só cuidavam do patrimônio do hospital. Mas, se tivesse alguém na guarita vigiando, talvez não ocorreriam tantos furtos”, desabafou Samara. Ela diz ouvir, desde 2014, relatos de crimes semelhantes na região.
“Nos sentimos inseguros. Dentro do hospital, instalam câmeras escondidas no banheiro feminino. Fora, roubam nossos carros”, acrescentou a enfermeira.
A reportagem ligou para o setor responsável pela segurança. Um dos agentes terceirizados da empresa Ágil informou que vários carros exibiam sinais de arrombamento, mas não era possível dizer se os danos tinham ocorrido no próprio estacionamento ou em outro local, pois os proprietários não procuraram a sala dos vigilantes.
Segundo a Polícia Militar, a corporação recebeu um chamado às 8h27. Viaturas foram deslocadas até o hospital e, depois de realizarem patrulhamento na região, não localizaram os bandidos. A Polícia Civil não respondeu à demanda da reportagem sobre as ocorrências e as investigações.
O Metrópoles procurou a direção do HUB e o chefe da segurança, mas os responsáveis não foram localizados até a última atualização desta reportagem. Os funcionários encaminharam a imagem de um cartaz colado no hospital, no qual fica claro que a vigilância terceirizada cuida do patrimônio e não dos estacionamentos da unidade de saúde.