Fraude no Metrô-DF. Supervisor da Estação Águas Claras é preso após desviar bilhetes. Veja vídeo
Servidor instalou dispositivo em catracas que liberavam a passagem sem debitar a tarifa dos ingressos únicos. Depois, ele pegava as entradas e as revendia para embolsar os valores. Em apenas um dia, faturava até R$ 1 mil
atualizado
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O supervisor-chefe da estação Águas Claras do Metrô-DF foi preso na noite de sexta-feira (15/1) por fraudar as catracas. De acordo com a Polícia Civil, o homem instalava um dispositivo para conseguir roubar bilhetes. O nome dele não foi divulgado.
Com a fraude, os cartões únicos não eram tarifados, porém, a catraca era liberado para o usuário. No fim do dia, o homem recolhia as entradas, que ainda estavam com créditos, e voltava a vendê-las na bilheteria. Apenas na noite de sexta (15), o servidor embolsou R$ 400 em uma hora de atividade.
Segundo a polícia, o servidor tem 40 anos e trabalha há 10 no metrô. Ele está lotado na função de supervisor há dois anos, com salário de R$ 8 mil, mais R$ 1,2 mil de benefícios
De acordo com o chefe do Departamento do Operações do Metrô-DF, Victor Mafra (foto), a identificarão da fraude só foi possível com a ajuda de três elementos: o sistema de câmeras, funcionários e o sistema financeiro. “Detectamos a fraude em 4 de janeiro. Ele ainda não foi afastado, mas vai responder a processos administrativos.”
O valor total da fraude não foi informado, mas a estimativa é de que o funcionário conseguia embolsar cerca de R$ 1 mil por dia.
O delegado-chefe adjunto da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Wenderson Telles, disse que o trabalho integrado com o Metrô-DF foi fundamental para solucionar o caso. “É uma fraude difícil de ser constatada. E, nesse caso, apenas o Metrô-DF ficou no prejuízo. O servidor foi autuado por peculato.”