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Foragido da Kriptacoin é preso na região metropolitana de Goiânia

Wendel Santana estava escondido em uma residência. Na terça (17), ele se tornou réu ao lado de 13 pessoas envolvidas no esquema

atualizado

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Kriptacoin  – moeda digital
1 de 1 Kriptacoin – moeda digital - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil de Goiás prendeu um dos dois foragidos da Operação Patrick, que desarticulou um esquema de pirâmide financeira, estelionato e lavagem de dinheiro envolvendo a moeda digital Kriptacoin. Wendel Alves Santana, 33 anos, era procurado pela polícia desde 21 de setembro, quando a operação foi deflagrada pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf) em parceria com a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon).

Wendel foi localizado, na quarta-feira (18/10) em uma casa em Aparecida de Goiânia. Nas investigações, ele é apontado como proprietário de uma das empresas abertas pelos criminosos. À polícia, o preso confessou que emprestou o nome para o grupo, mas disse não ter participado diretamente nos negócios. Na terça (17), a Justiça acatou denúncia apresentada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e 14 envolvidos no esquema – entre eles Wendel – tornaram-se réus.

O suspeito foi levado para a Casa de Prisão Provisória do município goiano, onde aguarda transferência para o Distrito Federal. Apesar de o grupo ser conhecido por ostentar carros importados, Wendel vivia em uma casa humilde e não tinha bens de alto valor aquisitivo.

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Pirâmide ilegal
Os sócios da Kriptacoin são acusados de operar um esquema de pirâmide que movimentou cerca de R$ 250 milhões e pode ter lesado 40 mil pessoas. Segundo a Polícia Civil, a organização recrutava investidores, prometendo lucro diário de 1%. O dinheiro, no entanto, não poderia ser recuperado, já que a Kriptacoin não era aceita como moeda válida.

Entre os presos na Operação Patrick estão os irmãos Weverton e Welbert Marinho, apontados como líderes do grupo. Eles são acusados de lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsificação de documentos e criação de pirâmide financeira.

As atividades do grupo começaram em janeiro de 2017. Pessoas eram induzidas a aplicar o seu dinheiro na moeda virtual com a promessa de lucro astronômico. Como forma de convencimento, os envolvidos promoviam festas de música eletrônica e ostentavam carros de luxo.

Além disso, falavam que, em até seis meses, os investidores teriam ganhado R$ 1 milhão. No início, era possível o saque de qualquer quantia. Depois, a empresa permitia retiradas máximas de R$ 600. Com o tempo, as vítimas tiveram dificuldades para resgatar o dinheiro aplicado. Muitas delas foram coagidas e ameaçadas.

Segundo a Polícia Civil, há casos de investidores que venderam imóveis para aplicar o dinheiro na Kriptacoin.

Fica o alerta para não acreditar nesse tipo de promessa. Todas as vítimas podem procurar a delegacia mais próxima a sua residência para apresentar queixa

Wisllei Salomão, delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf)

Na denúncia apresentada pelo MPDFT, o promotor Paulo Roberto Binicheski afirma que os investigados, incluindo Wendel, “incutiram milhares de consumidores a aderirem a plano de investimento insustentável, auferindo lucros milionários em prejuízo a milhares de consumidores”.

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