Família ganha o melhor presente de Dia das Mães. Ágata sobreviveu ao afogamento
A criança, de apenas 10 meses, caiu na piscina após um descuido da mãe e da avó. Apesar do susto, tudo deu certo
atualizado
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Úrsula Vasconcellos ganhou o melhor presente de Dias das Mães neste domingo (14/5). Sua filha, Ágata, sobreviveu após ficar 4 minutos submersa em uma piscina no Condomínio Morada Nobre, em Planaltina. A criança, de apenas 10 meses, esteve entre a vida e a morte, após perder os sinais vitais.
O acidente, que não virou tragédia graças à rápida intervenção de vizinhos e bombeiros, ocorreu após uma falha de comunicação entre Úrsula e sua mãe, Sirlene Barbosa Vasconcellos. As duas perderam Ágata de vista por alguns minutos e a criança foi engatinhando para a piscina.
Desesperada, a tia Juliana Brito Andrade Vasconcellos, de apenas 15 anos, pulou na piscina para tirar a criança da água. “Minha irmã se deitou no chão e eu não pensei duas vezes. Mergulhei e a Ágata já estava roxinha, sem abrir os olhos e sem batimentos. Eu fiz respiração boca a boca, mas ela não voltava”, lembra.“Quando eu estava no banho, minha filha perguntou se a Ágata estava comigo. Eu disse que não. Logo todos pensamos que ela podia ter ido à piscina. De longe, a Úrsula viu a neném boiando e se deitou no chão dizendo: ‘Minha filha está morta!'”, relata Sirlene, avó do bebê.
O desespero da família chamou atenção de vizinhos. Um deles, que é técnico em enfermagem, correu para ajudar. Ele foi o responsável por prestar os primeiros-socorros. A ação fez com que os sinais vitais de Ágata voltassem.
Os bombeiros finalizaram o resgate, estabilizaram a pequena Ágata e o Samu a levou ao Hospital Regional de Planaltina. “Quando eu a vi no hospital, que a abracei, eu ainda estava muito revoltada. Por mais que eu não tivesse culpa”, conta Sirlene, que já estudava cercar a piscina e agora vai acelerar o processo.
Ágata recebeu alta, na manhã deste domingo (14/5), e agora pode brincar ao lado de sua mãe, sua avó e sua tia novamente.
Dicas de segurança
O major Lourival Correia, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, orienta que é necessária a observação constante sobre as crianças. Cercar o local com portões que possam ser trancados a uma altura que não permita o fácil acesso dos pequenos e evitar deixar brinquedos dentro da piscina são outras instruções.
“Vale lembrar que lonas dão uma falsa sensação de segurança. Qualquer cobertura de piscina deve ser feita com tela porque evita que a criança se afogue”, explicou o major. O profissional ressaltou a importância de uma realização correta dos primeiros-socorros. “Os pais podem estar muito nervosos e acabarem executando a técnica de forma equivocada. Uma compressão errada pode lesionar uma costela ou algo pior”, alertou.
A maior orientação, por isso, continua sendo retirar a pessoa submersa e entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros.
Os acidentes domésticos são a maior causa de morte de crianças com menos de nove anos em Brasília. Segundo um levantamento do Ministério da Saúde divulgado no ano passado, os sufocamentos representavam 40% das ocorrências; os afogamentos, 26%; as queimaduras, 14%; e as quedas, 7%.