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Facção que matou mais de 30 no DF é alvo de operação da Polícia Civil

O Comboio do Cão nasceu no Recanto das Emas, mas expandiu a atuação para Santa Maria e Gama. Entre dos detidos, está um advogado

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operação Pecúlio
1 de 1 operação Pecúlio - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (13/08/2019), uma megaoperação com o objetivo de desarticular facção criminosa criada na capital e especializada em roubos, tráfico e homicídios: o Comboio do Cão (CDC).

Mais de 300 agentes e delegados foram às ruas para cumprir 49 mandados de prisão preventiva e 55 de busca e apreensão. Entre os detidos, está um advogado acusado de trabalhar para a organização criminosa. Além do DF, a ação ocorreu simultaneamente em municípios de Minas Gerais, Goiás e Piauí.

O grupo brasiliense cresceu de forma isolada e não teria vínculo com organizações criminosas com atuação nacional, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Apesar da aparente independência do Comboio do Cão, a quadrilha busca se cacifar perante as demais facções e ganhar o respeito dos rivais.

Investigações da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) apontam que a gangue do DF procura reproduzir práticas adotadas pelas grandes e conhecidas facções criminosas do país, como o PCC.

Mais de 30 pessoas teriam sido assassinadas pelos bandidos do CDC nos últimos anos. Como demonstração de força, os criminosos promoviam bárbaras execuções em portas de cadeias e de fóruns do DF.  As investigações apontam que o grupo foi responsável, em 2016, pela morte de um homem com 30 tiros em frente ao fórum de Santa Maria. Alguns dias depois, o tio da vítima também foi assassinado com 50 tiros.

A unidade policial pediu também o sequestro de bens e bloqueio de contas das principais lideranças do bando. O intuito é atacar e enfraquecer o braço financeiro da quadrilha.

Códigos de conduta

O CDC tenta implementar métodos de disciplina e códigos de conduta. Um exemplo constatado pela PCDF foi a criação de um “tribunal do crime”, que consiste no julgamento de integrantes que descumpriram as regras impostas pelas lideranças.

Enquanto o PCC predomina nas regiões administrativas de Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Ceilândia e Samambaia; o Comboio do Cão age no Gama, Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo.

Pouco representativo no DF, a área de atuação do Comando Vermelho se restringe à Estrutural e Entorno de Brasília.

 

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