Exonerada, coronel Sheyla ressalta “orgulho” por ter comandado a PMDF
Em nota divulgada na noite desta terça, a militar enfatizou o fato de ter sido a primeira mulher a chefiar a corporação no Distrito Federal
atualizado
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A coronel Sheyla Sampaio, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), divulgou nota na noite desta terça-feira (06/08/2019), horas após a sua exoneração ser anunciada pelo governador, Ibaneis Rocha (MDB).
A destituição de Sheyla do cargo se deu após um “desalinhamento” entre o governo, a agora ex-comandante da corporação e o chefe da Casa Militar, coronel Marcus Paulo Koboldt, também exonerado.
No texto em que se despede do comando, a coronel Sheyla destacou os quase 30 anos de carreira na PM. “O juramento, prestado quando ainda muito jovem, de preservar a vida do próximo, foi honrado a cada instante”, reforçou.
Primeira mulher a comandar a PMDF, Sheyla se disse orgulhosa desse pioneirismo. “Levo comigo o orgulho de sempre ter prezado pela defesa da valorosa Polícia Militar, marca da minha gestão, e de ter sio a primeira mulher a estar à frente de uma instituição militar bicentenária.”
Veja a nota:
Hospital da Segurança Pública
Os nomes dos possíveis substitutos devem ser escolhidos por Ibaneis ainda nesta terça. “O Distrito Federal tem um secretário competente e preparado, e todas as forças estão a ele subordinadas”, disse o governador ao Metrópoles.
Logo depois, foi a vez de o secretário da Segurança Pública, Anderson Torres, falar sobre as exonerações. “Da minha parte, agradeço à coronel Sheyla, mas houve um desalinho. Por exemplo, temos a questão do Hospital da Segurança. Essa é uma ideia do governador. O que se gasta hoje com a saúde das forças é, aproximadamente, metade do orçamento do Hospital de Base. E a gente percebia certa resistência. Se cada um puxar a corda para um lado, não vamos a lugar nenhum”, pontuou.
A criação de uma unidade de saúde específica para atender os servidores da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) avança dentro do governo. O projeto prevê que o Hospital da Segurança Pública assista, em tempo integral, exclusivamente a integrantes da PMDF, da Polícia Civil (PCDF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), no espaço onde hoje funciona a Policlínica da Polícia Militar.
A nova unidade, localizada no Setor Policial Sul, deve incluir atendimento ambulatorial, cirúrgico, de urgência, emergência e unidade de tratamento intensivo (UTI). A previsão é que o hospital tenha 100 leitos de internação e capacidade para receber até 300 pacientes por dia, com mais de 17 especialidades médicas diferentes. Atualmente, a Policlínica é alvo de reclamações por parte de policiais militares pelos problemas de assistência.