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Estelionatários usam nome da CEB e do Sindireta para aplicar golpes

Criminosos fazem cobranças em nome da empresa e do sindicato pedindo às pessoas que façam depósitos em contas bancárias. Polícia investiga

atualizado

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1 de 1 boletos - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Tem golpe novo na praça. Desta vez envolvendo, de forma indevida, o nome de uma empresa pública e a maior entidade de servidores públicos do Distrito Federal, o Sindireta. As denúncias chegaram à Polícia Civil, que investiga a tentativa de extorsão de estelionatários a clientes da Companhia Energética de Brasília (CEB) e a filiados ao sindicato.

No caso da CEB, há relatos de pessoas que receberam ligações de um homem. Por telefone, ele faz cobranças, afirmando que o consumidor está com débitos pendentes ou em situação irregular na empresa. Em seguida, vem a ameaça: caso os clientes não façam o depósito bancário em conta repassada pelo estelionatário, a luz será cortada. 

Em nota, a CEB alerta que não faz cobranças por meio do telefone. A prática da empresa é informar na conta de luz quando há faturas em aberto e avisar, por carta, que o fornecimento de energia será suspenso caso não ocorra o pagamento.

“Nós acionamos a polícia e orientamos aos consumidores que tenham passado por isso que façam o mesmo. Estamos divulgando um comunicado à toda a população para prevenir novas vítimas do golpe”, disse o assessor de comunicação da empresa, Allan Barbosa de Souza.

CEB/Reprodução

 

O Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta) também publicou um alerta. A entidade, que representa 17 categorias e 45 mil trabalhadores, diz que um grupo de estelionatários está ligando para seus filiados.

Neste caso, os criminosos telefonam para as residências dos associados, em nome do escritório de advocacia que atende ao sindicato. Eles fazem cobranças para que as vítimas façam depósito em agência da Caixa Econômica Federal.

Sindireta/Reprodução

“Eles alegam diversos tipos de cobranças que não existem. Estamos alertando para que os nossos servidores se previnam e, caso sejam vítimas, entrem em contato conosco. A polícia está ciente e tem tomado as providências cabíveis”, disse Martinho José Muniz, diretor do Sindireta.

Casos recorrentes
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) registrou 6.986 casos de estelionato entre janeiro e junho deste ano nas delegacias da Polícia Civil. São quase 40 registros por dia. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 5.519 casos.

A recomendação é para que as pessoas não se precipitem em depósitos sem a confirmação do banco. As autoridades também recomendam à população denunciar golpes como cheques clonados ou adulterados, falsos boletos de cobrança, cartões clonados e “bilhetes premiado” às delegacias.

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