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Estelionatários são presos após usarem documentos de pessoa morta para comprar carro

Quadrilha utilizava identidades e contracheques falsos para adquirir e vender veículos

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1 de 1 05bf1355-a1a0-4c06-9eec-03d26bb0797b - Foto: João Gabriel Amador/Metrópoles

Três homens e uma mulher foram presos em flagrante por fazerem parte de um esquema ilegal de compra e vendas de veículos em Sobradinho. A investigação começou em agosto, com uma denúncia feita por um funcionário de uma concessionária localizada na subida do Colorado. Ao conferir os dados de um comprador, descobriu que o dono do carro era uma pessoa falecida.

Com a informação, os policiais passaram a monitorar as ligações de Vângia Lúcia Pereira Ferreira, 34 anos, que havia retirado o veículo da loja. Após dois meses de escuta, os agentes conseguiram mapear o esquema e efetuaram as prisões na quarta-feira (18/11).

Vângia usava documentos falsos, emitidos por um comparsa, para comprar os carros. O contador José Marques da Silva, 42 anos, era o responsável por emitir contracheques falsos para conseguir o crédito para os financiamentos. As informações eram confirmadas pelo marido de Vângia, Darlhan Marques Sousa, 31, dono de uma farmácia, ou pelo quarto integrante do grupo, André Luiz Marques Martins, 34, proprietário de um lava-jato.

Os automóveis adquiridos eram revendidos na agência de Vângia, em Sobradinho. Nas vendas, ela usava o mesmo sistema de contracheques falsos, aumentando a renda dos compradores e facilitando financiamentos.

Financiamentos
Os quatro membros da quadrilha foram presos e responderão pelos crimes de uso de documentos falsos e estelionato. Com o grupo foram apreendidos documentos falsos e quatro veículos que seriam vendidos. Outros 18 financiamentos são investigados. Para cada fraude, a pena prevista é de até cinco anos de prisão.

Além dos intermediários, os compradores da agência também responderão por estelionato, uma vez que assinaram os contracheques falsos e poderão perder os veículos adquiridos.

Segundo a própria Vângia, a prática é comum em lojas de cidades satélites. “Deve-se desconfiar de facilitações desse tipo. O ideal é buscar estabelecimentos reconhecidos”, alerta o delegado responsável pelo caso, Ricardo Viana, da 9ª DP (Lago Norte).

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