Estatísticas mostram queda da violência no DF no início de 2017
Capital do país tem menor taxa de homicídios em janeiro dos últimos 13 anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública
atualizado
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Embora os depoimentos nas redes sociais, nas quadras comerciais e nas ruas da cidade revelem uma onda de insegurança no Distrito Federal, as estatísticas policiais atestam uma realidade diferente.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança e da Paz Social nesta segunda-feira (6/2), em janeiro houve queda nas ocorrências registradas dos principais tipos de crime na capital do país. No caso de homicídios, por exemplo, a quantidade de assassinatos foi a menor – 40 – desde 2004.
Em comparação ao mesmo mês do ano passado, a redução em 2017 foi de 45,9% — baixou de 74 casos para 40. Veja o quadro abaixo:
Roubos em comércio, por sua vez, diminuíram de 323 para 186 — ou 42,4% de queda. Não houve registros de lesão corporal seguida de morte — em 2016, teve um. O número de latrocínios permaneceu o mesmo em comparação com o ano passado: quatro. Em 2017, porém, todos foram elucidados.
No mesmo período, roubos de veículos diminuíram em 10% — de 492 para 433 casos —, enquanto em coletivos apresentaram uma pequena redução de 2,9% (queda de 240 para 233 ocorrências).
De acordo com a secretária de Segurança, Márcia de Alencar, a diminuição das taxas é resultado das ações integradas entres as forças de segurança, que foram intensificadas desde agosto do ano passado. “Essa é uma tendência que queremos manter. Estamos montando estratégias e atuando nas regiões mais sensíveis e, com isso, percebemos os resultados positivos das ações”, disse.
Também em relação aos números apresentados em 2016, duas estatísticas sofreram um pequeno aumento. Furtos em veículos subiram 1,2%, de mil para 1.012, e roubos a pedestre foram de 3.061 para 3.067 – ou 0,2%.
Trânsito
Além da diminuição nos casos de assassinatos, as mortes no trânsito também caíram em comparação com o mesmo período no ano passado. Foram 26 mortes em 2016 e 16 em 2017, o que significa redução de 38,5%. Segundo o Detran-DF, apenas duas foram em vias urbanas, as únicas no DF de responsabilidade do órgão. “Parecia impossível, mas isso nos leva a acreditar que podemos atingir a marca zero de mortes em nossas vias” enfatiza o diretor-geral do Detran, Silvain Fonseca.
O Detran informou também uma queda no número de feridos: 714 a menos em comparação com 2016. Para Fonseca, não há dúvida de que as atividades educativas nas ruas, nas escolas e nos meios de comunicação, aliadas à intensificação das operações que vêm tirando de circulação infratores contumazes, são responsáveis por essa redução.
Prova disso são os resultados do trabalho da Gerência de Penalidades do Detran que, em 2016, atingiu um recorde no número de carteiras cassadas. Aumentou 72% se comparado a 2015, subindo de 418 para 719 cassações. A quantidade de carteiras suspensas também teve um crescimento relevante, de 3.458 para 5.050, ou seja, 46%.
A análise de processos relativos à embriaguez, por exemplo, foi a que teve um dos melhores resultados em 2016. O trabalho intensivo da equipe da Gerência de Penalidades provocou um aumento de suspensões por alcoolemia em mais de cem por cento (102%), subindo de 1.583, em 2015, para 3.205 carteiras suspensas em 2016.