Empresários são suspeitos de usar loja para sonegar e lavar R$ 5 mi no DF
As buscas ocorrem na casa dos investigados, em empresas ligadas à família e em um escritório de contabilidade, todos no DF
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16/7), a Operação Makhfi. São cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pela 6ª Vara Criminal de Brasília.
O alvo é um grupo empresarial, composto por familiares, que utiliza de “testas de ferro” e “laranjas” no quadro societário de suas empresas, com a intenção de ocultar patrimônio familiar, bem como dissimular participações no negócio. Makhfi é um nome árabe que faz alusão a algo escondido ou oculto.
Os mandados foram cumpridos no Park Way, Lago Sul e Taguatinga. Cinco veículos e um jet ski foram apreendidos. Os automóveis são: uma Ford Ranger, um Jetty, uma Duster e HB20.
Os nomes dos investigados não foram divulgados pela polícia, para não atrapalhar as investigações.
Dívida tributária
Segundo a PCDF, na operação deflagrada no âmbito da Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot), os investigados são suspeitos de inserir nomes de pessoas fictícias em empresas que estavam com uma dívida tributária elevada, bem como de familiares que sequer moram no Brasil, no quadro societário dessas empresas. O objetivo era o de inviabilizar possíveis processos fiscais, cíveis e penais, blindando o patrimônio familiar.
Os investigados, além de ocultarem o patrimônio de maneira ilícita, e adquirindo bens de luxo – principalmente carros – adquirem lotes em condomínios irregulares. A falta de escrituras públicas facilitaria a lavagem do dinheiro proveniente da sonegação fiscal, segundo a Cecor. A dívida tributária das empresas do grupo ultrapassa a quantia de R$ 5 milhões.
Foram apreendidos cinco carros e um jet ski na operação. A busca ocorre na casa dos investigados, empresas do grupo e em um escritório de contabilidade, todos localizados no Distrito Federal.
A ação conta com a participação de 30 policiais e duas equipes da Subsecretaria da Receita do Distrito Federal. Os suspeitos podem responder pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e, se condenados, devem pegar até 23 anos de prisão.