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Em assembleia neste sábado (10/3), vigilantes decidem manter greve

A categoria reivindica reajuste de 7%, além de manutenção das cláusulas sociais, como seguro de vida e plano de saúde

atualizado

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Vigilantes
1 de 1 Vigilantes - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em assembleia neste sábado (10/3), os vigilantes do DF decidiram manter a greve iniciada no dia 28 de fevereiro. Antes de decidir os rumos da paralisação, a categoria fez uma caminhada de protesto na área central de Brasília, percorrendo o Conic e o Conjunto Nacional. Os grevistas voltam a se reunir na segunda (12), às 17h.

A categoria reivindica reajuste de 7%, além de manutenção das cláusulas sociais, como seguro de vida e plano de saúde. De acordo com os vigilantes, a greve só será encerrada caso as empresas aceitem a proposta deles, sem punir os que aderiram à mobilização. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes (Sindesv), cerca de 90% dos 20 mil terceirizados aderiram ao movimento.

 

O GDF, no entanto, afirmou, por meio de nota, que “só será repassado o valor equivalente aos postos de serviço que estiverem efetivamente funcionando, tendo sido atestados pelos executores dos contratos”.

A paralisação afeta o atendimento de bancos, hospitais e unidades da rede pública de saúde e postos do INSS. O funcionamento de parques só foi possível em função do reforço da segurança pela Polícia Militar. Já o Zoológico de Brasília permanece fechado, por decisão da Justiça. Nesta sexta (9), o juiz de direito da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, Carlos Frederico Maroja de Medeiros, determinou a interdição do espaço enquanto a greve perdurar. O magistrado acatou uma ação popular que trata da falta de segurança dos animais.

Segundo o juiz, a paralisação dos vigilantes pode comprometer a segurança das espécies. “Além da proteção à fauna, os bens públicos devem ser adequadamente cuidados, o que por certo não se faz sem a presença de um quantitativo mínimo de agentes de segurança”, afirmou, na decisão.

Ainda nesta sexta-feira, em audiência com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (Sindesp-DF), o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) teria afirmado, segundo a entidade, que o governo não pagará as empresas de vigilância pelos dias parados devido à greve da categoria.

Em resposta, o diretor de Comunicação do Sindesv-DF, Gilmar Rodrigues, disse que o pagamento de tais dias não deve ser a maior preocupação do chefe do Executivo. “O governador tem que se preocupar é com a situação da população. Estamos vendo várias noticias de depredação e crimes cometidos por falta de vigilantes. Essa questão de dias parados a gente negocia”, ressaltou.

Decisão judicial
Por meio de nota, o sindicato dos patrões alegou que o Sindesv está descumprindo uma decisão da desembargadora e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), Maria Regina Machado Guimarães, deferida no último dia 2/3.

A determinação é para que a entidade mantenha 100% do efetivo de trabalhadores nos hospitais, nas estações do Metrô-DF, nos estabelecimentos bancários, no transporte de valores, nos tribunais de Justiça, nos postos do INSS e nas escolas públicas; e de 70% nos demais locais de serviço, sob pena de multa diária de R$ 100 mil até o julgamento final da ação principal.

“Quando saiu essa liminar, votamos em assembleia e, por unanimidade a categoria decidiu continuar a greve. Nosso sindicato ainda recorreu judicialmente da decisão”, explicou Gilmar Rodrigues.

 

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