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Distrito Federal tem início de ano mais violento do que em 2019

Nos dois primeiros meses deste ano, o número de crimes contra a vida cresceu 23,44% em relação ao mesmo período de 2018

atualizado

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O ano começou mais violento do que o anterior no Distrito Federal, de acordo com os números de boletins de ocorrências registrados em janeiro e fevereiro. Em números gerais, houve um aumento de 2,12%, mas a contabilização dos crimes intencionais contra a vida mostra uma diferença maior nos principais indicadores. Nos dois primeiros meses de 2020, houve crescimento de 23,44% nas taxas de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). Neste ano, ocorreram 70 homicídios, em comparação ao mesmo período de 2019. Esse índice vinha caindo ano a ano, mas voltou a subir. Os latrocínios passaram de 4 para 9 casos. Além disso, as estatísticas mostram que o Plano Piloto tem a maior taxa de crimes por habitante no DF.

No período analisado pelo (M)Dados, houve 13.300 boletins registrados no DF. Em 2019, foram 12.980. Também contaram para esse crescimento geral da violência, o aumento nos números de roubos de carros (1,15%), roubo em comércio (26,96%), roubo em residência (16,92%), furto em veículo (13,60%), tentativa de homicídio (10,42%) e tentativa de latrocínio (8%).

Por outro lado, alguns índices caíram na comparação. Foram os casos de estupro (-14,41%), roubo em coletivo (-4,05%) e furto a pedestre (-8,21%).

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública destacou que os 44 homicídios registrados em fevereiro de 2020 formam o segundo melhor índice para este mesmo mês desde 2010, quando foram registrados 42 casos. “Em fevereiro do ano passado, foram 28 casos, marca histórica e a menor desde que o índice passou a ser medido, entretanto atípica se compararmos com a série.”

“As vítimas de crimes violentos letais intencionais de fevereiro, que agrupam o homicídio, o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte, também marcaram o segundo menor número da década, com 47 casos, ficando atrás somente do mesmo mês de 2019”, pontuou a SSP-DF.

Perfis dos criminosos e das vítimas

O órgão informou que 77,8% dos autores e 69,5% das vítimas de homicídios, identificados em fevereiro de 2020, tinham antecedentes criminais. “A conjunção desses fatores coloca boa parte dos envolvidos em um provável grupo de risco elevado, e com baixa possibilidade de atuação de prevenção por parte das forças de segurança. É o caso dos homicídios decorrentes do chamado ‘acerto de contas'”, explicou

Além disso, em 73,7% dos crimes, vítimas e autores se conheciam. O levantamento da SSP revelou ainda que a arma de fogo foi empregada em 68% dos casos.

Segundo a secretaria, a meta para 2020 é reduzir a taxa de homicídios para 12,9 casos a cada 100 mil habitantes – no ano passado foi de 13/100 mil. “Vamos intensificar o trabalho para atingir a meta e superar os ótimos índices de 2019”, destacou o secretário da pasta, Anderson Torres.

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