Distrito Federal tem alta de 36,8% nos roubos a residências em junho
Os assaltos a residência estão cada vez mais violentos. No dia 28, sete pessoas de uma mesma família foram feitas reféns em Taguatinga
atualizado
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Os registros de roubo a residência no Distrito Federal tiveram alta em junho deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Foram 57 ocorrências contra 78, um aumento de 36,8% no mês. As estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social nesta sexta-feira (7/7) confirmam a onda de insegurança que assusta os brasilienses, que não se sentem seguros nem dentro de casa.
Chama a atenção que os assaltos a residência estão cada vez mais violentos. No dia 28, por exemplo, sete pessoas de uma mesma família foram feitas reféns em Taguatinga, sob a mira de uma arma. A situação só não foi mais grave porque uma das pessoas conseguiu acessar o celular e acionar a polícia.
No dia 8, três assaltantes fizeram uma família refém na QL 4 do Lago Sul. O crime ocorreu em plena luz do dia, por volta das 11h40. O trio rendeu as vítimas. No local, havia uma mulher, que estava chegando na casa, duas crianças e três funcionários. Os moradores foram trancados em um dos banheiros do imóvel.Os ladrões levaram joias, R$ 3 mil em dinheiro e uma televisão. Quando a Polícia Militar foi acionada, os bandidos já haviam deixado o local. Um deles estava armado. A família só foi liberada quando um jardineiro, que estava no fundo do quintal, abriu a porta do banheiro.
O diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, explicou que é importante evitar situações que facilitem as ações dos bandidos. “O aumento pode ser atribuído a um conjunto de responsabilizações. Muito do que acompanhamos sobre roubo em residências é que os criminosos que invadem as casas não ficam muito tempo presos e voltam a praticar o crime. As pessoas deixam as residências vazias durante o dia e os bandidos vão aperfeiçoando a ação deles. Temos trabalhando para interromper esse ciclo e atuando com policiamento preventivo”, afirmou.
Outros crimes
Em relação aos estupros, houve acréscimo de 16,7% nos registros (de 66 para 77). A secretaria esclareceu, entretanto, que os dados de junho não condizem com a realidade, já que apenas 42 deles ocorreram efetivamente no mês. Os demais teriam sido apenas registrados no período.
No caso de violência sexual, 78% dos registros ocorreram em locais fechados (casa ou trabalho, por exemplo). A maioria deles (69%), envolvendo vulneráveis, sendo que os autores têm vínculos com as vítimas. As cidades de Ceilândia, Samambaia, Gama e Santa Maria registram 42% das ocorrências.
No caso dos estupros, o secretário de Segurança, Edval Novaes, informou que a pasta trabalha com os demais órgãos públicos, como a Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) e de Saúde, “com ações preventivas e orientações para dar uma resposta efetiva para essa realidade”.
As estatísticas também mostram aumento para os casos de furto em veículo. Foram 1.163 casos em 2017, contra 1.127 no mesmo périodo de 2016. Já os registros de homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte) tiveram queda de 12,5% e de 16,7% no mês de junho, respectivamente.