Senadores e distritais repudiam assassinato na porta de escola no Guará II. Rollemberg fala em reforçar policiamento nas escolas. Sinpol lamenta o caso
Na primeira sessão do ano, parlamentares cobraram ações mais efetivas do GDF na área da segurança pública. Servidor do Senado foi morto e teve o carro roubado enquanto aguardava os filhos na manhã desta terça-feira (2/2). Governador diz que vai “trabalhar para reduzir a violência”
atualizado
Compartilhar notícia
O assassinato do servidor do Senado Federal Eli Roberto Chagas, 51 anos, na manhã desta terça-feira (2/2), enquanto aguardava os filhos na porta do Colégio Rogacionista, na quadra QE 38, do Guará II, provocou a reação de senadores e de deputados distritais.
Na volta aos trabalhos legislativos, os parlamentares cobraram do Governo do Distrito Federal (GDF) ações incisivas para combater a escalada da violência em 2016.Na tribuna do Senado, Hélio José (PMB-DF) foi enfático: “Já pedi audiência com o governador (Rodrigo Rollemberg) e espero encontrá-lo até sexta-feira. O brasiliense não pode mais ser vítima desse tipo de violência”.
Em aparte, o senador Ivo Cassol (PP-RO) cobrou dos colegas ações para combater a violência não só no Distrito Federal, mas em todo o país. “Estamos, como parlamentares, deixando de prestar satisfação à sociedade.”
Na Câmara Legislativa, Wellington Luiz (PMDB) chamou governo de omisso: “Violência se combate com policiais nas ruas. Nossa segurança está falida”.
Júlio César (PRB), líder do governo, reconheceu que as políticas de segurança pública estão deficitárias. “Temos que melhorar a ação preventiva.”
A deputada Sandra Faraj (SD) disse estar perplexa com a morte de Eli. “Estou chocada com esse crime.”
Rodrigo Delmasso (PTN), que mora no Guará, perto do Colégio Rogacionista, afirmou que a QE 38 é uma das quadras mais perigosas da cidade. “Estou estarrecido com o que aconteceu. Esse caso apenas demonstra que o Estado está falido.”
Rollemberg
Antes de entrar em reunião no Senado Federal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) comentou o assassinato do pai de dois alunos do Colégio Rogacionista. “Toda morte é muito impactante, é uma tragédia. No entanto, nós tivemos, no ano passado, o menor número de homicídios dos últimos 22 anos por 100 mil habitantes. É uma tragédia. Nós temos agora que identificar o assassino e prendê-lo o mais rapidamente possível”, afirmou.
Rollemberg ressaltou ainda que, para reforçar o policiamento, o comandante da PM, coronel Marco Nunes, analisa o que é possível fazer para reforçar o policiamento na porta das escolas. “Já estamos melhorando o trabalho da cidade, a polícia apresentou produtividade muito grande e vamos continuar trabalhando para reduzir essa violência”, completou o governador.
Sinpol
Por meio de nota, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) manifestou solidariedade aos familiares e amigos da vítima.
“Essa é mais uma tragédia que atinge uma família, uma cidade, toda uma população. Esse crime não pode ser visto como um caso isolado: todos os dias — frisamos, todos os dias — são roubados 40 veículos nas ruas do Distrito Federal. Ao longo de um mês, são quase 1,2 mil veículos. Portanto, todos os dias, 40 pais ou mães de família saem de casa correndo o risco de ter seu veículo roubado e, mais ainda, de serem atingidos por um tiro.”