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Dificuldade de rastreamento torna bicicletas novo alvo de bandidos no DF

De acordo com o aplicativo “Bike Registrada”, 366 bicicletas foram roubadas ou furtadas nos últimos nove meses

atualizado

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IStock/Foto Ilustrativa
bicicleta ciclista
1 de 1 bicicleta ciclista - Foto: IStock/Foto Ilustrativa

Elas custam, em média, entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Na mão de bandidos, se tornam importante moeda de troca por drogas e armas. Ou, pior, são usadas em atos criminosos, como furtos e assaltos. Por isso, cada vez mais as bicicletas são alvo dos bandidos. E não é à toa. O Distrito Federal tem cerca de 250 mil ciclistas e um estoque de mercadoria que faz os olhos da bandidagem brilharem, o que vem tirando o sono de muitos brasilienses.

De acordo com o “Bike Registrada”, aplicativo que conta com 10.015 magrelas cadastradas na capital, 366 bicicletas foram furtadas ou roubadas no DF nos últimos nove meses. Dessas, apenas 106 foram recuperadas. “Somos alvos fáceis. Além de serem carregadas com muita facilidade, dificilmente elas são rastreadas após o roubo”, observa Alexandre Ramos, criador do programa.

O serviço foi pensado como um meio de intimidar os ladrões. O usuário tem a opção de registrar o número de série da sua bicicleta, normalmente inscrito próximo ao pedal, e ativar o “alerta de roubo”, caso o veículo tenha sido surrupiado por algum bandido. “Dessa forma, qualquer pessoa que acesse o aplicativo poderá verificar se a bicicleta em questão é ou não roubada”, explica Ramos. Totalmente gratuita, a iniciativa tem um banco de dados com 100 mil bicicletas em todo o país e recebe até 5 mil novos registros a cada mês.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não tem dados exatos do número de roubo de bikes, mas afirma que ocorrências do tipo têm aumentando consideravelmente nos últimos meses. “É um veículo difícil de ser rastreado e facilmente trocado por drogas”, diz o capitão Michello Bueno, porta-voz da PM.

Para Renata Florentino, coordenadora da ONG Rodas da Paz, assaltos a ciclistas vêm ocorrendo com muita frequência em grande parte por causa da falta de estrutura da cidade. “Normalmente, as ciclovias são desertas e muito escuras. Não há policiamento nessas áreas e um mínimo de infraestrutura que tornem a vida dos ciclistas mais segura”, reclama.

Dois casos chamaram atenção neste ano. No dia 17 de março, um homem e um adolescente foram pegos em flagrante pela Polícia Militar furtando duas bicicletas avaliadas em R$ 36 mil em uma loja da 310 Sul. Os bandidos foram levados para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Em fevereiro, no dia 26, um adolescente tentou roubar uma magrela na quadra 321 de Samambaia Sul com uma arma de brinquedo. Porém, a vítima não entregou o equipamento e ainda reagiu agredindo o assaltante. O jovem quis fugir, mas foi capturado pelos militares que patrulhavam o local e, em seguida, encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II) em Taguatinga.

Confira algumas dicas para manter a sua bicicleta protegida:

  • Sempre que puder, pedale em grupo
  • Procure ver com antecedência os trechos que você irá passar e evite os mais inseguros
  • Utilize diversas correntes e trancas ao estacionar sua bicicleta
  • Evite horários em que há poucas pessoas na rua

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