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DF registra, em média, 20 furtos em templos religiosos por mês

Na quarta-feira (25/12/2019), feriado de Natal, um templo umbandista, em Sobradinho, foi alvo de bandidos na capital da República

atualizado

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Terreiro de umbanda incendiado no DF
1 de 1 Terreiro de umbanda incendiado no DF - Foto: Facebook/Reprodução

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) apontam que, de janeiro a novembro de 2019, foram registrados 227 ocorrências de furto em templos religiosos da capital da República. A média é de 20 por mês.

No mesmo intervalo do ano passado, 228 casos foram denunciados. Até setembro deste ano, conforme noticiou o Metrópoles, 163 ocorrências haviam chegado ao conhecimento da polícia.

Na quarta-feira (25/12/2019), dia do feriado de Natal, fiéis do Templo Umbandista Cabocla Jurema (TUCJ) denunciaram que o terreiro, localizado em Sobradinho, teria sido alvo de intolerância religiosa.

De acordo com a líder do local, Maria das Dores Saraiva, 76 anos, criminosos furtaram objetos do espaço e colocaram fogo em um dos cômodos.

O caso é investigado pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Ao Metrópoles, Maria das Dores afirmou que o local recebe semanalmente de 25 a 30 pessoas e nunca havia sido atacado antes. “Eu deixei o templo às 17h30 do dia 25 [de dezembro]. Quando voltei, [no dia 26/12/2019], encontrei tudo queimado”, conta.

O prejuízo está estimado em R$ 50 mil. “Roubaram os tambores, queimaram todas as roupas de médium, as de orixás, queimaram um quarto todo. A porta foi arrombada e eles tacaram fogo no terreiro”, disse.

De acordo com ocorrência registrada na 13ª DP, os bandidos teriam levado uma serra elétrica, quatro tambores, três barracas de camping, um botijão de gás, uma bomba d’água e um cavador manual.

Veja fotos do estrago:

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Maria das Dores estima um prejuízo de pelo menos R$ 30 mil
Caso é investigado pela PCDF
Portas foram arrombadas
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Maria das Dores estima um prejuízo de pelo menos R$ 30 mil

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Portas foram arrombadas

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À reportagem, a líder do terreiro disse ainda ter acionado a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para investigar o caso. “A ocorrência foi registrada na quinta-feira à noite [26/12/2019]. A perícia [da PCDF] já esteve lá para analisar os vestígios deixados pelos criminosos. Aparentemente, eles tomaram suco e deixaram um copo sujo no local.”

Maria das Dores diz que a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual (Decrin) e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) serão procurados.

Outro caso

Em setembro deste ano, a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte, foi alvo de ladrões.

Na ocasião, o padre Kazimierz Wojno, conhecido como Casemiro, acabou estrangulado e morto em uma ocorrência registrada como latrocínio – roubo seguido de morte.

O crime chocou pela brutalidade e também pela localização. A igreja fica a 500 metros de uma delegacia de polícia, no coração de Brasília.

O caso do padre Casemiro, no entanto, não entra nas estatísticas divulgadas pela SSP-DF, por ser investigado como latrocínio.

No feriado de Páscoa, em abril deste ano, duas igrejas foram furtadas no DF. Uma delas no P Norte, a Paróquia São Francisco de Assis. Além do dinheiro de doações dos fiéis da comunidade, os bandidos levaram objetos sacros de alto valor.

No mesmo dia, a Paróquia Nossa Senhora da Saúde, onde foi registrado o latrocínio do padre, também foi alvo de bandidos. O sacrário, no valor de R$ 20 mil, foi furtado.

À frente da paróquia na época, padre Casemiro havia lamentado o furto, mas a preocupação maior era com o conteúdo: 70 hóstias consagradas foram levadas.

“Tem o sentido de profanação. Existem pessoas que fazem essas coisas”, lamentou o religioso ao Metrópoles, na data. Meses depois, o religioso foi morto por bandidos.

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