Para entrar em hotel e explodir caixas, ladrões fizeram “reserva fake”
Alvo dos criminosos, Golden Tulip tem como hóspedes autoridades, artistas e empresários. Entre eles, o ministro da Defesa, que está nos EUA
atualizado
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Crime planejado. É assim que a polícia do DF define a explosão de três caixas eletrônicos na madrugada desta quinta-feira (28/3) no Golden Tulip Brasília Alvorada, localizado no SHTN, ao lado do Palácio da Alvorada. Investigações preliminares revelam que o quarteto conseguiu entrar no hotel após fazer uma “reserva fake”, com nomes falsos. Eles chegaram em um carro com placas clonadas.
Os assaltantes estavam fortemente armados e renderam os funcionários do empreendimento, conhecido por hospedar empresários, artistas e autoridades que visitam a capital do país. Entre os hóspedes do local, está o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Em viagem oficial aos Estados Unidos, o militar não estava no hotel no momento das explosões.
De acordo com as imagens, enquanto um criminoso armado rendeu um dos funcionários, outros dois comparsas forçaram, com auxílio de uma barra de ferro, a abertura dos caixas, que ficam ao lado das escadas que dão acesso ao restaurante do hotel. Só tem acesso ao local quem passa pela guarita.
Os homens colocaram explosivos no local e detonaram os artefatos. Depois fugiram, carregando quantia de dinheiro ainda não informada. Toda a ação durou cerca de dois minutos. Um dos carros usados na fuga dos bandidos foi encontrado pela polícia na Asa Norte.
Veja os vídeos da ação dos bandidos:
De acordo com a polícia, o modus operandi do grupo demonstra que se trata de uma ação planejada por organização criminosa de fora do Distrito Federal.
O crime ocorre menos de uma semana após a chegada do principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, à capital da República. Ele vai cumprir parte da pena no Presídio Federal de Brasília.
O desembarque do criminoso no DF abriu embate entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ministro da Justiça, Sergio Moro.
Hóspedes assustados
O estrondo assustou os moradores. Com base em relatos enviados ao Metrópoles, a fumaça que saiu do subsolo após as explosões invadiu o sistema do ar-condicionado e entrou nos apartamentos.
A administração pediu aos moradores e hóspedes para abrirem as janelas. A Polícia Militar foi acionada e faz varredura no local. O caso é investigado pela Polícia Civil.