DF não registrou feminicídios em fevereiro, diz secretaria
Segundo a pasta de Segurança Pública, o balanço positivo é resultado das denúncias das população e das ações do governo
atualizado
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O mês de fevereiro de 2020 não teve feminicídios registrados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Segundo a pasta, esse é o quinto mês, desde março de 2016, sem casos divulgados nas delegacias da cidade.
Na avaliação do secretário de Segurança, Anderson Torres, o balanço é resultado da participação da população. Também citou programas como a campanha #MetaaColher. A partir de denúncias, a polícia teve condições de agir preventivamente. Neste mês, em homenagem a 8 de março, dia da Mulher, o GDF colocará em marcha diversos ações contra o feminicídio e violência doméstica.
O governo planeja abrir nova unidade a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) em Ceilândia. Além disso, levará campanha educativa com os personagens da Turma da Mônica para as escolas. A ideia é conscientizar a criançada sobre o respeito à mulher, assim como valores de tolerância e empatia.
Segundo a Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF), da SSP-DF, entre março de 2015 e fevereiro deste ano, 71,3% dos casos de feminicídio ocorreram dentro de residências. Deste total, 79,2% das vítimas não possuíam medida protetiva.
O governo pretende ampliar as medidas protetivas usando tornozeleira eletrônica e botão do pânico para coibir agressores.
No entanto, na segunda-feira (02/03/2020), o governador Ibaneis Rocha (MDB) reclamou do comportamento do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Segundo o emedebista, o Judiciário libera criminosos em audiências de custódia e não colaborou para a definição dos protocolos de operação, necessários para ampliação do sistema de proteção.