DF: menina de 2 anos morre após ser esfaqueada pela mãe
Após o homicídio, suspeita tentou atacar o companheiro, que estava dormindo. Homem conseguiu se defender e desarmar a mulher
atualizado
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Uma mulher foi presa na manhã desta quinta-feira (13/02/2020) suspeita de matar a facadas uma criança, de apenas 2 anos e dois meses, na região de Vicente Pires. De acordo com informações preliminares da Polícia Militar, a acusada, que é mãe da vítima, ainda tentou atacar o companheiro, que estava dormindo. Ele conseguiu se defender e desarmá-la.
O crime ocorreu por volta das 5h na chácara 148 da Colônia Agrícola Samambaia. Testemunhas contaram que, ao entrarem no apartamento onde o casal morava com a criança, o recepcionista Giuvan Félix, 25, estava todo cheio de sangue e apontou Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21, como responsável pela morte da filha do casal. A mulher, por sua vez, foi achada acuada no canto do apartamento.
O homem tentou socorrer a menina, mas ela não resistiu aos ferimentos. Acionado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte de Júlia Félix de Moraes.
A mulher teria matado a menina após uma crise de ciúmes. Ela foi presa em flagrante pela PM. Ainda de acordo com a corporação, a suspeita faz uso de álcool e drogas, mas estaria sóbria na hora do homicídio.
Quando os militares chegaram ao local, a mulher estava ao lado do corpo da criança e não resistiu à prisão. Teria inclusive levantado o braço quando foi perguntado quem tinha assassinado a criança, assumindo assim a autoria do crime. O caso foi encaminhado para a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), onde o casal está nesta manhã .
Uma moradora do prédio que fica em frente ao da família disse não acreditar no que ocorreu. “Eu via a criança brincando na janela, sempre. Ela era linda. Gostava de cantar e brincava por horas. O pai é muito tranquilo. Trabalhador. Não estamos entendendo o que aconteceu”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.
Ela disse que os vizinhos ouviram o Giuvan gritando por volta das 5h desta quinta-feira que a mulher havia matado a filha.
Maria Gilmaria Sousa Espíndola, 44, é a proprietária do apartamento onde o casal mora. Ela diz que alugava o imóvel para o rapaz há mais de um ano.
“Ele é muito jovem. Gente boa e nunca tivemos reclamações. Ela morava com ele há pouco tempo. Nunca houve reclamações sobre o casal. Era um apartamento muito organizado. Ela vivia com a menina para cima e para baixo. Para a gente do prédio, é assustador. Os vizinhos nunca ouviram barulho e nem presenciaram brigas”, afirmou.
O que se sabe na vizinhança é que Giuvan teria terminado um outro relacionamento e Laryssa teria vindo para o DF com a filha morar com o rapaz.
Caso Bernardo
No fim de 2019, um caso semelhante chocou o Distrito Federal. A vítima, Bernardo, de 1 ano e 11 meses, foi morta pelo próprio pai, o servidor do Metrô-DF Paulo Roberto de Caldas Osório, 45. O homem acabou preso na Bahia e confessou o crime.
Disse que, após pegar o filho na creche, na Asa Sul, deu um suco ao garoto com remédios controlados. Depois, seguiu pela BR-020 com o menino e desovou o corpo também na Bahia.