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DF: cadeirante, piloto de fuga de quadrilha adaptou carro com canos

Suspeito desenvolveu sistema artesanal para conseguir movimentar os pedais de embreagem, freio e acelerador

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1 de 1 carro-de-cadeirante-que-integrava-quadrilha - Foto: Carlos Carone/Metrópoles

Cadeirante, o piloto de fuga que auxiliava a quadrilha especializada em roubos a residências desmantelada na Operação Black Onix, deflagrada na manhã desta quarta-feira (07/08/2019), chamou atenção de investigadores da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil.

Apesar de não ter o movimento das pernas, Luis Alves da Silva, 27 anos, era considerado pelo bando um exímio motorista – ele participou de boa parte dos 10 assaltos cometidos pela organização criminosa. Para conseguir guiar o veículo, desenvolveu um sistema artesanal que o permitia movimentar os pedais de embreagem, freio e acelerador.

O carro, um Volkswagen modelo Golf, foi adaptado com conexões de canos de PVC nos pedais: tubos de plástico e madeira eram enroscados e operados manualmente pelo cadeirante.

“Ainda não sabemos exatamente como ele conseguia acionar os pedais, passar a marcha e ainda movimentar o volante, mas é possível perceber, pelas investigações, que se tratava de um motorista habilidoso”, comentou o diretor da DRF, delegado Fernando Cocito.

Além de atuar como piloto de fuga, Luiz Alves não deixou que a deficiência o atrapalhasse a cometer uma série de crimes. Ele já era velho conhecido da polícia, com passagens por roubo à mão armada, três receptações de veículos roubados e dois portes ilegais de arma de fogo.

Alves responde a processos criminais desde 2010, de acordo com a Polícia Civil. “As investigações ainda não foram finalizadas. Vamos apurar a participação de novos integrantes e possíveis crimes praticados, além dos 10 assaltos já identificados no inquérito”, explicou o delegado.

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Cadeirante, o piloto de fuga criou um sistema artesanal para guiar o veículo
Os pedais foram adaptados com conexões de PVC
O suspeito usava bastões de plástico para acionar os pedais
Com os equipamentos, Luiz Alves conseguia acionar freios, embreagem e acelerador
Apesar de não ter o movimento das pernas, o criminoso é considerado um exímio motorista pelo bando
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Luiz Alves já havia sido preso por porte ilegal de arma de fogo, receptações e roubo à mão armada

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Cadeirante, o piloto de fuga criou um sistema artesanal para guiar o veículo

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Os pedais foram adaptados com conexões de PVC

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O suspeito usava bastões de plástico para acionar os pedais

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Com os equipamentos, Luiz Alves conseguia acionar freios, embreagem e acelerador

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Apesar de não ter o movimento das pernas, o criminoso é considerado um exímio motorista pelo bando

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Os crimes

Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Metrópoles mostram como a quadrilha, suspeita de roubar pelo menos 10 residências em várias regiões administrativas, agia no Distrito Federal.

Em um vídeo gravado no Gama, na manhã de 28 de março, os ladrões invadem uma casa e rendem um rapaz e seu pai, quando ambos estavam do lado de fora do imóvel. O idoso chega a passar mal, colocando a mão no peito. Após render os dois, a quadrilha obriga pai e filho a entrarem na residência. Logo depois, o bando foge levando uma televisão.

Em outro vídeo, registrado na entrada de uma casa no Riacho Fundo, no dia 13 de março, os mesmos assaltantes passam dentro de um Fiat Linea quando percebem um motorista aguardando o portão se abrir para estacionar o veículo na garagem. Os suspeitos desembarcam, caminham até o carro da vítima e a rendem. Em seguida, fogem com o HB20.

Veja as imagens dos dois roubos:

Operação

Segundo as investigações, os criminosos agiam no Gama, no Riacho Fundo e em Taguatinga. Sempre com violência, os bandidos mantinham as vítimas sob a mira de pistolas enquanto roubavam equipamentos eletrônicos e outros objetos de valor.

Em um dos casos, o alvo foi a residência de um major da Polícia Militar. Na ação, os marginais levaram a pistola .40 do PM e, na fuga, chegaram a atirar contra um helicóptero do Batalhão de Avião Operacional (BAvOp) da corporação.

De acordo com o delegado-chefe da DRF, Fernando Cocito, outros três membros da quadrilha haviam sido presos nos últimos dias. “Essa operação é importante para ajudar na redução dessa modalidade criminosa, visto que se trata de uma quadrilha bastante ativa”, frisou.

Todos os presos foram levados à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e responderão por roubo qualificado e tentativa de latrocínio, pois chegaram a abrir fogo contra vítimas durante pelo menos três assaltos. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, totalizando nove detenções. Outros dois acusados de fazer parte do bando estão foragidos.

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