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“Despacito”: em resposta a agentes, presos fazem versão com ameaças

Vídeo é uma suposta resposta ao material gravado por agentes penitenciários em formação no DF neste ano

atualizado

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funcionário, versão para despacito ameaça agentes
1 de 1 funcionário, versão para despacito ameaça agentes - Foto: Reprodução

A polêmica está lançada. Após agentes penitenciários em formação pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF (SSP-DF) gravarem uma paródia onde relatam como vão tratar os presos brasilienses assim que forem empossados nos cargos, um novo vídeo surgiu na internet. Desta vez, quem canta a versão de “Despacito” é uma mulher que se autointitula MC Drica. E a nova música traz ameaças a agentes e policiais militares.

Segundo apurou o Metrópoles, os próprios presos teriam elaborado a resposta e a encaminhado, durante visitas, para gravação da MC Drica. Chamada de “Funcionário”, apelido dado aos integrantes das forças de segurança na canção, a letra diz: “Estou querendo falar com meu advogado. Você é o meu secretário enquanto fico deitado”.

As maiores ameaças vêm com os trechos: “Quero ver bater de frente se cruzar comigo, vou te mostrar o perigo de ‘tirar’ com a cara de um bandido” e “pode chegar de frente, aqui é chuva de bala”. Fala também que, mesmo atrás das grades, os presos são “fortalecidos” e têm as “fiéis, que são nossas guerreiras, sejam elas as mães ou nossas companheiras.”

Veja o vídeo de “Funcionário”:

“Funcionário” é uma suposta resposta a “De castigo”, gravada em 2017 por agentes em formação para atuar no sistema carcerário. Não é possível identificar a autoria do novo vídeo nem quando ele foi gravado, mas fica claro ser uma resposta quando a jovem que canta o vídeo diz: “se aqui fosse hotel estava melhor instalado. Se eu não fosse bandido você não tinha salário”. Na versão dos profissionais de segurança pública, é falado “aqui não é hotel e preso não vai ter moleza”.

Assista “De castigo”, paródia de Despacito criada por agentes em formação:

 

Presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias (Sindpen-DF), Leandro Allan repudiu a publicação. “Nós não nos intimidamos com isso. A ameaça, vira e mexe, é feita dentro do Sistema Penitenciário do Distrito Federal. Momento esse que, quando tem efetivo, nós retiramos o apenado da cela, levamos até a delegacia e registramos ameaça porque se trata de um crime. Depois retornamos ele para sua lotação de origem”, explica.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), vinculada à SSP-DF, condenou o vídeo feito pelos alunos do curso de formação. Por meio de nota, a pasta disse que “esse tipo de atitude não condiz com o trabalho regular que os agentes de atividades penitenciárias realizam cotidianamente e será objeto de investigação interna”.

O Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do DF acionou a Justiça pedindo a apuração do caso e a impugnação dos candidatos envolvidos. Já o Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias (Sindpen-DF) defendeu os profissionais dizendo que não foi pregado nenhum tipo de violência em desfavor do preso.

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