Delegacias amanhecem vazias em primeiro dia de paralisação da PCDF
Apenas flagrantes e crimes graves foram registrados. Assembleia na próxima segunda-feira (26/2) definirá próximos passos do movimento
atualizado
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Nesta quarta-feira (21/2) teve início a paralisação de 72 horas anunciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na tarde de terça (20). Por conta disso, as delegacias do DF amanheceram vazias.
Apenas flagrantes estão sendo registrados, além de ocorrências de crimes graves, como homicídio, estupro, latrocínio e sequestro-relâmpago. No entanto, as ocorrências só serão investigadas após o fim da paralisação.
Quem buscou atendimento se frustrou. O operário Aelson da Silva, 49 anos, desabafou sobre o prejuízo que paralisações como essa trazem à população. “O transtorno é grande. Minha esposa sofreu um acidente de trânsito, e eu tive que vir buscar um documento. Chegando à delegacia, descobri que não está ocorrendo atendimento, por conta da paralisação. Moro em Samambaia Sul e peguei duas conduções para chegar aqui”, reclamou.
Entre as reivindicações da categoria, estão a equiparação salarial com a Polícia Federal, a reestruturação da PCDF com plano de carreira e o concurso de remoção, que propõe estabilidade na área e delegacia onde o policial atua.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), ainda não houve contato por parte do Governo do Distrito Federal (GDF) para tentativa de acordo. A paralisação terá fim no sábado (24), com o atendimento nas delegacias retornando normalmente a partir das 8h.Na próxima segunda-feira (26), às 14h30, haverá uma assembleia em frente ao Palácio do Buriti para decidir que medidas serão adotadas.
“A adesão foi de 100% da categoria. São 51 delegacias paradas, sendo 20 especializadas. Caso não exista um acordo, estudaremos a possibilidade de uma greve geral por tempo indeterminado”, informou Rodrigo Gaúcho, presidente do Sinpol-DF.