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CRM vai investigar conduta de médico que denunciou estupro

O caso de uma menina de 11 anos que foi dopada e violentada está sendo apurado pela Polícia Civil

atualizado

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estupro coletivo, Rio de janeiro
1 de 1 estupro coletivo, Rio de janeiro - Foto: iStock

O Conselho Regional de Medicina (CRM) vai abrir sindicância para apurar se a conduta do médico Alexandre Paz Ferreira, que denunciou um caso de estupro de uma menina de 11 anos durante uma festa em uma escola do Distrito Federal, foi adequada.

O CRM toma como base o Código de Ética Médica, no qual os casos de violência sexual de menores de idade devem ser denunciados à polícia. No entanto, Alexandre alegou ter atendido a menina após ela ter passado pela delegacia.

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) disciplina o uso de redes sociais e a conduta de médicos com a imprensa. Mas, ao menos na entrevista ao Metrópoles, Alexandre não incorreu em nenhuma das irregularidades citadas no documento.

Dopada
Por volta das 5h de domingo (5/6), o médico recebeu, na emergência de um hospital particular de Taguatinga, o pai e a filha. Ele receitou os remédios para prevenir a contaminação com doenças sexualmente transmissíveis (HIV, Hepatite B e outras), além de medicamentos para evitar a gravidez.

A criança, segundo o depoimento do médico, estava em uma festa da escola, no sábado (4). Sem perceber, ela foi intoxicada com o rupinol — que é um potente indutor do sono — e, em seguida, sofreu a violência sexual.

Alexandre Paz relata que, apesar de conviver sempre com a morte, a dor e o sofrimento, ficou em estado de choque. “Precisava de muito mais do que o protocolo médico me ensina. A teoria foi pouco. Buscava uma palavra de consolo. Amor, esperança, sei lá. Tinha que falar algo positivo para aquela criança”, desabafou.

Ao Metrópoles, o pediatra relatou que a menina e o pai, antes de chegar ao hospital, já tinham procurado a polícia para denunciar o crime, mas não soube informar onde a ocorrência tinha sido registrada. O caso aconteceu dias após uma jovem do Rio de Janeiro ser vítima de um estupro coletivo, em um caso que causou grande repercussão nacional.

Outra denúncia
Também no fim de semana, uma outra jovem de 13 anos denunciou ter sido estuprada por três adolescentes e uma festa junina na igreja Imaculado Coração de Maria, no Park Way. Inicialmente, a Polícia Civil tratou os dois casos como sendo o mesmo, que gerou grande confusão.

Neste caso, a ocorrência foi registrada na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA na terça-feira (7/6). Segundo as primeiras informações, a jovem contou que encontrou algumas amigas no local e ingeriu vários tipos de bebida. Informou, ainda, que perdeu a consciência e só acordou no dia seguinte, na casa de uma colega, que teria contado a ela sobre o possível estupro. Ainda no registro da ocorrência, a menor afirmou que a amiga disse a ela que enquanto estava desacordada, três adolescente a teriam violentado.

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