Delegado garante que morte de Don Juan do Lago está perto de ser resolvida
Antônio Carlos Guimarães, que havia sido preso em agosto por aplicar golpes em mulheres de classe alta no DF, foi encontrado no porta-malas do próprio carro e morreu pouco após receber atendimento
atualizado
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O delegado Marcelo Portela, da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), informou que o assassinato de Antônio Carlos Guimarães, 45 anos, conhecido como “Don Juan do Lago”, está perto de ser elucidado. Guimarães foi encontrado dentro do porta-malas do próprio carro, na tarde de terça-feira (1°/12). Ele estava amordaçado e amarrado. Baleado, o homem, que tinha 29 passagens pela polícia, a maioria por estelionato, também apresentava marcas de agressão. Ele morreu no local.
Segundo o Corpo de Bombeiros, funcionários que trabalham no condomínio perceberam que o vidro traseiro do carro estava estilhaçado e decidiram examinar de perto. Ao se aproximarem, encontraram o homem e acionaram a corporação.O suspeito teria baleado o Don Juan e o colocado no carro achando que ele estava morto. A vítima, no entanto, acordou e chutou o vidro traseiro do veículo, estilhaçando-o. O agressor, então, colocou Guimarães no porta-malas e abandonou o carro no próprio condomínio, onde estaria escondido.
Traumatismo craniano
Ainda na tarde de terça, ao chegar ao local, um bombeiro que mora no condomínio ajudou a retirar a vítima do veículo e constatou que ela tinha um traumatismo craniano grave, além de hemorragia na perna esquerda. A aeronave dos Bombeiros com um médico chegou a ir ao local, mas o homem não resistiu. A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga o caso e trabalha com a possibilidade de acerto de contas.
Prisão
Antônio Carlos foi preso em agosto por aplicar golpes em mulheres com as quais se relacionava. A prisão foi feita por agentes da 10ª Delegacia de Polícia. O estelionatário, segundo as investigações, criava uma vida de ostentação nas redes sociais para atrair mulheres de classe alta, na maioria das vezes casadas. O prejuízo causado às vítimas foi estimado em ao menos R$ 300 mil.
O acusado usava o nome das mulheres para fazer compras, empréstimo ou até mesmo extorquia as vítimas ameaçando tornar público o caso extraconjugal. O perfil, hoje desativado, de Antônio no Facebook tinha fotos de casas no exterior, carros importados e bebidas caras.