Coronel da PM acusado de extorsão é transferido para “Papudinha”
Segundo as investigações da Polícia Civil, o coronel e um grupo de PMs extorquiam empresários que prestavam serviços à corporação
atualizado
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Preso por extorsão, o coronel da Polícia Militar Francisco Eronildo Feitosa Rodrigues foi transferido para a carceragem do 19º Batalhão na noite de terça-feira (5/12). O local, conhecido como “Papudinha”, abriga advogados e militares indiciados e que aguardam julgamento.
Feitosa foi detido em 14 de novembro no âmbito da Operação Mamon – termo derivado da Bíblia usado para descrever a cobiça — e estava no 1º Batalhão de Policiamento de Trânsito. Segundo as investigações da Polícia Civil, o coronel e um grupo de PMs extorquiam empresários que prestavam serviços à corporação. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os militares exigiam propina para a liberação dos valores devidos pela PMDF. A corregedoria da corporação também auxiliou nos trabalhos.
Histórico de problemas
Em janeiro do ano passado, mesmo depois de ser denunciado por crime sexual e embriaguez em horário de trabalho – duas situações que foram alvo de apuração interna e constrangeram a Polícia Militar –, o coronel Feitosa foi escolhido chefe do Departamento de Logística e Finanças (DLF) do subcomando-geral da corporação .
Ele responde na Justiça por assediar duas mulheres, entre elas, uma sargento da PM. O coronel está na Polícia Militar há 26 anos. Antes de ser nomeado para o DLF, foi diretor de Execução Orçamentária e Financeira do Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal, do subcomando-geral da corporação.
Com a nova função, ficou responsável por toda a gestão voltada ao aparelhamento e ao pagamento da PMDF. Da compra de viaturas, coletes, rádios e armamentos a obras e reformas de imóveis, tudo estava sob sua responsabilidade.