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Cinco anos depois, estuprador conta detalhes de como matou jovem no DF

Segundo a polícia, Walker Fernandes Faraes matou Yusllayne Teixeira Reis em 2012, na Estrutural, e jogou o corpo dela em um lote vazio

atualizado

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Mirelle Pinheiro/Metrópoles
estuprador
1 de 1 estuprador - Foto: Mirelle Pinheiro/Metrópoles

A frieza de Walker Fernandes Faraes (foto de destaque), 24 anos, impressiona. Acusado de estuprar e matar Yusllayne Teixeira Reis, 18 anos, em 2012, na Estrutural, ele foi apresentado nesta terça-feira (14/3) pela Polícia Civil do DF. Finalmente, o que ocorreu naquele dia 18 de março foi esclarecido. Ele contou que deu 24 facadas na jovem e depois jogou o corpo dela em um terreno baldio.

As facadas atingiram os seios, o pescoço, as mãos e as costas da mulher. Os investigadores chegaram ao autor da barbárie graças ao banco de DNA. É possível que ele tenha feito outras vítimas no DF.

Segundo a polícia, Walker confessou o crime com tranquilidade. Disse que estava descascando laranja na porta da casa de um tio quando viu a menina passar na rua. Ele afirmou que não a conhecia. Usou uma faca para abordá-la. A violentou e, após ser mordido pela vítima, a executou, com medo de ser reconhecido.

Reprodução/PCDF
Yusllayne tinha dois filhos

De acordo com a polícia, após o crime, Walker foi para casa tomar banho, trocou de roupa e voltou para o local do estupro para se desfazer do corpo. No dia seguinte, quando a jovem foi encontrada, ele fugiu para Minas Gerais. Se condenado, as penas serão somadas, e ele pode ficar mais de 30 anos preso.

Yusllayne era casada, tinha dois filhos e, quando foi abordada pelo criminoso, voltava do trabalho, em um açougue de Vicente Pires, para casa. Segundo a delegada Viviane Bonato, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do DF, Walker representa “um grande perigo para a sociedade, se ficar em liberdade”.

O assassino foi identificado após ter o DNA reconhecido no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O acusado já foi condenado por outros quatro estupros, sendo um deles cometido em Paracatu (MG), em 2011, e outros três em Unaí (MG). Ele estava preso em Belo Horizonte, capital mineira.

Veja a entrevista da delegada:

 

Depois de estuprar uma mulher em Minas Gerais, ele veio para o DF se esconder. Mas não conseguiu conter seus impulsos, matando Yusllayne.

Reprodução/PCDF
Faca usada para matar a jovem

 

Pastor

O banco de DNA também foi usado para identificar a autoria de outros crimes sexuais. O pastor e músico evangélico Renato Bandeira dos Santos, 30 anos, é apontado como autor de pelo menos cinco estupros no Distrito Federal. Ele foi preso em flagrante pelo mesmo motivo em Belo Horizonte, em junho de 2015. Porém, devido às investigações brasilienses, o criminoso foi transferido para o DF no último dia 7 de março.

Ao ser preso em Minas Gerais, Renato teve o DNA colhido e as informações foram cruzadas com os registros do banco nacional de dados. Foi a partir disso que as autoridades chegaram à conclusão de que ele era o autor pelos crimes no DF: os estupros ocorreram em 2014, em Taguatinga Norte e Sul.

Maior e mais completo
Criado em 2000 e contando com o perfil genético de mais de 700 criminosos sexuais, o banco de DNA da Polícia Civil brasiliense é o maior do país e está entre um dos mais completos da América Latina.

A ferramenta tem importância especial no contexto dos delitos sexuais, pois a investigação dos casos, quase sempre, conta com poucas provas materiais.

Para chegar aos estupradores, os peritos entram em cena para coletar e analisar todo o material biológico (sêmen, fios de cabelo, saliva) que pode ser encontrado na cena do crime. Em seguida, todos os vestígios são inseridos no banco de dados do DF, e ganham um perfil genético, que logo é definido pelo computador, chamado de Sequenciador, no qual são identificadas as informações do DNA.

Depois, essas mesmas informações são repassadas para um banco de dados que contém as informações de todo o país.

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