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Casos de estupro crescem quase 25% no começo do ano

Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram 101 contra os 81 registrados no mesmo período de 2016

atualizado

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O balanço da criminalidade no Distrito Federal entre janeiro e fevereiro, divulgado nesta quinta-feira (16/3), traz um dado alarmante: os casos de estupro cresceram 24,7% entre os dois primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2016. Em número absolutos, foram 101 casos em 2017, contra 81 em 2016.

“Pelo fato de ser um delito sexual, o estupro afeta mais diretamente a população feminina. As mulheres têm um medo específico desse tipo de crime. Logo, quando um aumento como esse é registrado, há grande impacto sobre a sensação de insegurança no grupo feminino”, afirma o especialista em segurança George de Lima Dantas.

Os números também surgem em um momento de comoção por casos recentes de estupro. Na manhã do último dia 4, uma adolescente de 17 anos foi violentada por um homem, em um beco na QNN 1, em Ceilândia. Dois dias antes, uma jovem de 19 anos foi estuprada durante um assalto em uma parada de ônibus na Quadra 609 da Asa Norte.

No mês passado, uma criança de apenas 11 anos sofreu violência sexual na QNR 2 de Ceilândia. A criança seguia para a escola onde estuda quando foi arrastada por um homem para um matagal e abusada por um vizinho. Também nos últimos meses, um jovem de 18 anos que estava desaparecido denunciou ter sido drogado e violentado em Planaltina.

Para o subsecretário de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança do DF (SSP-DF), Marcelo Durante, o aumento nas estatísticas de estupro está relacionado com a maior notificação desses casos. “Estamos em um processo contínuo de problematização da violência contra a mulher. No ano passado, 21% das ocorrências registradas eram referentes a casos ocorridos em outros anos”, afirma.

Outros crimes
Também cresceu o número de crimes contra o patrimônio no DF nos dois primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2016. As modalidades que mais aumentaram foram roubo a pedestres (6,6%); roubo a coletivo (26,6%); e furto em veículo (5,3). Caíram, no entanto, os registros de roubo de veículo (0,2%), roubo em comércio (40,3%) e roubo em residência (15,6%).

Os homicídios diminuíram 36%, de 125 para 89 casos, mas os latrocínios (roubos seguidos de morte) cresceram, de 6 para 7 ocorrências. As ocorrências de tentativa de latrocínio e homicídio, de tráfico de drogas e porte ilegal de armas também sofreram redução.

 

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