Carga pesada: PCDF prende bando especializado em roubo de mercadorias
Grupo também criava empresas de fachada que emitiam notas fiscais para as mercadorias. Sete pessoas foram presas
atualizado
Compartilhar notícia
Sete pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (03/10/2019) pela Polícia Civil. Alvo da Operação Carga Pesada, o grupo é suspeito de roubar e revender mercadorias no Distrito Federal. Os criminosos são investigados pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) desde 2018.
A quadrilha é composta por oito homens de 25 a 59 anos. Um dos criminosos permanece foragido. Durante as buscas, os investigadores apreenderam produtos novos que seriam vendidos para comerciantes da capital federal, porções de droga e automóveis, entre eles uma BMW. De acordo com o delegado-chefe da Corpatri, André Luís Leite, os integrantes tinham estrutura hierarquizada e divisão de tarefas. Agiam sob a liderança de um criminoso identificado como Eduardo Fidelis de Andrade, 42 anos. Ele foi preso em Águas Claras.
“Os policiais conseguiram identificar diversas empresas de fachada que a organização criminosa utilizava para ‘esquentar’ as mercadorias. Eles roubavam diversos produtos e emitiam notas fiscais falsas com finalidade de dar aparência de legalidade às cargas subtraídas”, explicou o delegado.
As empresas eram registradas em São Paulo, Espírito Santo e Alagoas. Segundo informações da Secretaria da Receita de SP, somente uma companhia teria emitido, entre janeiro e julho, 1.198 documentos válidos, sendo o volume total de operações de saída de aproximadamente R$ 61 milhões.
Confira imagens da Operação Carga Pesada:
Nesse mesmo período, foram recebidos pela empresa 506 documentos válidos, sendo o volume total de operações de entrada de quase R$ 17 milhões. “Após a Secretaria da Receita do Estado de São Paulo ter elaborado uma notificação e constatado que essa empresa na realidade não existia no endereço fornecido em seu cadastro, conforme o investigado pela PCDF, e de que se tratava-se de uma firma de fachada criada para emissão de notas fiscais friais, a empresa teve as atividades suspensas”, disse André Luís Leite.
Os autores irão responder pelos crimes de organização criminosa, roubo majorado, receptação qualificada, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O somatório das penas pode ultrapassar 30 anos.