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Câmeras de videomonitoramento seguem sem função no DF

Das 508, apenas 134 emitem imagens para três centrais de monitoramento, devido a problemas no contrato de manutenção e vandalismo

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1 de 1 _20161111_155533 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Importantes aliadas no combate à criminalidade, as câmeras de monitoramento estão espalhadas estrategicamente por quatro regiões administrativas. No entanto, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social, das 508, apenas 134 estão em pleno funcionamento e gerando imagens para três centrais.

As câmeras estão instaladas em Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Plano Piloto. Os equipamentos poderiam ser utilizados na elucidação de casos graves de violência, como homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte). De acordo com a Secretaria de Segurança, somente em outubro, 50 pessoas foram assassinadas no DF. No acumulado do ano, são 492.

As câmeras também poderiam inibir ou mesmo ajudar a solucionar casos de assaltos. De acordo com a Secretaria de Segurança, quase oito em cada 10 casos de roubos são a pedestres, ou seja, ocorrem nas ruas. Muitas vezes, em plena luz do dia. Em outubro, foram registrados 2.713 casos dessa natureza.

O projeto de videomonitoramento do DF prevê a instalação total de 835 câmeras nas regiões administrativas e a criação de 10 Centrais de Monitoramento Regional (CMRs), responsáveis por captar as imagens.

A secretaria diz que a maioria das câmeras está sem funcionar por causa da falta de contrato de manutenção. O problema teria começado no governo anterior. No entanto, a pasta garante que os débitos atrasados com as empresas foram pagos. Além disso, segundo a secretaria, dos equipamentos instalados, pelo menos 28 foram alvos de vândalos.

O projeto tem custo total de R$ 26,3 milhões. Ainda não há previsão para instalação das 327 câmeras remanescentes, do total de 835. Com relação às centrais, das 10 previstas, três estão funcionando, uma está em fase de instalação e seis ainda serão implementadas. As CMRs ficam dentro dos batalhões da Polícia Militar.

Agência Brasília
Policial militar monitora câmeras de segurança que ficam fixadas nos quatro extremos da área externa do Conjunto Nacional

A pesquisadora em segurança pública e professora da Universidade Católica de Brasília Marcelle Figueira alerta que, para o sistema ter eficácia, precisa estar associado a outros instrumentos. “Para se ter um efeito imediato, não basta só captar e transmitir as imagens. É preciso ter uma equipe com ligação direta com os policiais que estão nas ruas. A questão é: o governo vai ter equipes para monitorar essas 800 câmeras?”, questiona.

 

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